Os jovens, por princípio, deverão ter uma responsabilidade acrescida na sociedade em que se encontram integrados - são eles o futuro. Mais acrescida ainda, por estarmos a viver uma das piores crises económicas dos tempos modernos.
“…ele é bom rapaz/rapariga, mas é muito novo…”
Este é um exemplo de um dos vulgares preconceitos e que importa, desde já, desmistificar. A juventude não deverá ser impedimento à demonstração do valor e capacidade de um qualquer indivíduo. Aliás, a juventude pressupõe a existência, á partida, de elevados níveis de “força anímica” e de um maior número de anos de vida activa, pelo que, seria muito vantajoso que as pessoas com valor acrescido fossem reconhecidas em idade tão precoce quanto possível.
Mais, sou ainda da opinião que as oportunidades devem surgir como uma forma de reconhecer quem efectivamente demonstra valor e esforço, não pelo facto de ser novo ou velho.
Reconheço que talvez os jovens, devido a uma certa impulsividade e irreverência que lhes é característica, nem sempre se fazem entender da melhor forma. Também acho que os jovens têm sempre muito que aprender com os menos jovens… mas entendo que a transmissão de conhecimentos deverá ser recíproca, na medida em que a aprendizagem é um processo contínuo, pelo menos para aqueles que querem ser pró-activos.
Como dizia o meu amigo Professor João, “…vou-te ensinar isto, mas tu só aprendes se quiseres”.
Na vida política, a mesma lógica deverá ser aplicada em relação aos jovens. Estes, como os restantes, também deverão ter, e muitas vezes têm, o anseio de poder construir e participar numa sociedade melhor, mais justa, mais igual, onde todos devem poder participar independentemente da sua condição física, social, ideológica…
A título de exemplo refira-se a situação evidenciada na lista do Partido Socialista às Eleições Legislativas Nacionais, onde houve uma renovação em 90% das caras a apresentar ao sufrágio dos eleitores. É sem dúvida alguma, um exemplo a seguir pelas outras forças políticas, pois nos processos de renovação, consequentemente, surgem novas ideias, novos projectos, novos conhecimentos e novas aprendizagens.
A hipocrisia e demagogia não deve chegar ao ponto de compararmos caras, mas sim de fazermos distinções entre quem tem vontade de defender os Açores, independentemente da cor ou força política do Governo da República, pois os Açorianos e Açorianas devem estar sempre em primeiro lugar.
Foram os deputados do PS que na Assembleia da República votaram a favor da Lei das Finanças Regionais; que estiveram ao lado da vontade dos Açorianos, manifestada na Assembleia Legislativa Regional, em sede de revisão do Estatuto Político-Administrativo.
São eles que defendem uma escola pública como base para a igualdade de oportunidades e de distribuição de riqueza, que acreditam num sistema de saúde universal e tendencialmente gratuito, como forma de garantir a salvaguarda da dignidade humana e que confiam na segurança social pública como pilar no processo de desenvolvimento de políticas públicas com justiça social.
É esta renovação que se apresenta ao povo Açoriano, tendo sempre presente a defesa da Região e dos seus interesses.