Olá, bom dia.
Olá, boa noite,
Este PSD de Berta Cabral é um caso de estudo pela falta de eficácia política demonstrada e pelos inúmeros tiros certeiros dados nos pés.
Qualquer candidato à presidência de um clube de bairro, de uma junta de freguesia, de uma câmara municipal ou de um governo, sabe certamente que não é atacando o adversário que consegue levar avante as propostas que pretende apresentar e ver aprovadas pelo eleitorado.
Durante meses a fio – com os inerentes custos financeiros – os laranjinhas inundaram, com mega cartazes publicitários, diversos pontos da região, nos quais transcreviam uma frase proferida e nunca desmentida por Carlos César, na qual afirmava que não seria recandidato ao cargo de presidente do Governo dos Açores.
Certamente, olhando para os espelhos que possuem dentro de portas, esperavam os partidários de Berta Cabral que o líder socialista desse o dito por não dito e se apresentasse ao escrutínio popular no próximo Outubro de 2012. Mesmo que César tivesse decidido recandidatar-se não poderia de tal ser impedido pois, esse seria o terceiro mandato após a aprovação da legislação que limita a três o número de mandatos sucessivos que podem ser exercidos por um presidente do governo.
Mas, mais uma vez, César demonstrou por actos concretos que é um estadista sem comparação e que dá mais valor à ética e à palavra dada do que ao uso de um direito que legalmente lhe assistia.
O PSD, que durante meses alertou os açorianos para a palavra dada por César, viu o tiro sair-lhe pela culatra, meteu a viola no saco e vê-se obrigado a reconhecer que César, como verdadeiro Homem e Político, por um lado, soube prescindir de um direito que lhe assistia e por outro, sem conflitos internos, abriu o caminho a uma nova e prometedora geração de políticos.
Cabe-nos agradecer à máquina do PSD de Berta Cabral o facto de ter pago, durante meses, uma campanha que, em bom rigor, veio por em evidência o perfil do líder do Partido Socialista e recomendar que o PS, pelo cumprimento da palavra dada, continue a ser merecedor da reiterada confiança que os açorianos nele têm depositado nos últimos 15 anos, com os resultados que, aliás, estão à vista de todos os açorianos e dos observadores de boa-fé.
Pena é que, imediatamente após o anúncio de César, no passado dia 7 de Outubro, os homens do marketing de Berta Cabral, tenham mandado tapar os referidos cartazes que, agora sim, fariam todo o sentido em continuar expostos.
Infelizmente, para o PSD, tiros nos pés, são actos que se repetem sem que haja qualquer mudança de atitude. Quem não se lembra dos cartazes negros de uma campanha laranja que denegria tudo e todos? O resultado viu-se… uma estrondosa derrota!
Não restam dúvidas: César não será candidato à Presidência do Governo dos Açores em 2012! César não abandonou, nem abandonará o mandato de Presidente do Governo e levá-lo-á até ao fim. César cumpre a palavra dada e, para bem dos Açores e dos açorianos, continuará uma vida política activa na Região, a qual certamente ainda em muito irá contribuir o desenvolvimento do nosso paraíso atlântico.
Nas grandes decisões é que se revelam os grandes homens!
E, por favor, não queiram fazer comparações com outras lideranças cujos protagonistas abandonaram o barco no meio da tempestade com o farol do porto ainda distante e que, fora dos Açores, penosamente arrastam os fundilhos na última fila do hemiciclo de S. Bento.
Chegou o tempo de uma nova geração. Chegou o tempo de Vasco Cordeiro!