Eis-nos chegados à véspera do último dia do ano de 2011.Tal como em todos, houve factos e acontecimentos positivos mas, infelizmente, o ano que agora finda ficará gravado na memória dos portugueses, de forma inquestionável, pela negativa.
2011 foi o ano da conquista do poder, a nível nacional, pelo PSD de Passos Coelho e a consequente tomada de medidas ultra liberais que estão a conduzir as empresas para a falência, os trabalhadores para o desemprego e os jovens quadros portugueses para uma emigração compulsiva.
Esse ano ficará marcado na história pela perda de independência de Portugal face às exigências de uma Europa dominada pelo capital alemão e francês e pela finança internacional sem rosto que, numa ávida busca do lucro, lançou as economias na banca rota e as famílias e as empresas na miséria e no desespero.
2011 foi o ano em que os trabalhadores sofreram o maior ataque de sempre aos direitos adquiridos a partir da revolução de 25 de Abril de 74. Com a efetivação das políticas do governo laranja, os portugueses viram os rendimentos baixar, mercê da política de cortes dos subsídios de Natal e de férias, da redução de vencimentos, da cada vez maior instabilidade laboral e da subida de impostos, tais como o IMI, o IRS, o IRC e a taxa do IVA que atinge de forma injusta quer os mais ricos quer aqueles que apenas conseguem sobreviver a custo à quase ausência de rendimento.
2011 ficará na história dos Açores como o ano do ataque feroz, por parte do governo do PSD, à Autonomia consubstanciado na tentativa de desmantelamento da nossa RTP Açores e na instituição de um garrote financeiro através da passagem para responsabilidade da Região de compromissos que sempre foram da exclusiva responsabilidade da República.
Para além de ter sido o ano da desgraça a nível nacional, 2011 foi o ano da mentira. Até o cidadão menos atento pôde verificar como foi possível mudar o discurso de um dia para o outro e quebrar juras de não aumento de impostos, de não retirar direitos adquiridos aos cidadãos. Passos Coelho é o maior exemplo do político que hoje afirma convictamente que o petróleo é negro e, amanhã, jura a pés juntos que é mais alvo do que a neve.
Pela positiva, em 2011, a conclusão da maior obra pública jamais levado a cabo nos Açores, denominada SCUT, constitui um marco histórico na Região ao aproximar, de uma vez por todas, as gentes de S. Miguel, reduzindo distâncias e acabando definitivamente com o fatalista conceito de isolamento associado ao Nordeste, até então considerada a “Décima Ilha”. Apesar dos entraves, das invejas e maledicências, a obra está concluída e a servir as populações, sendo já notórios os efeitos sociais e económicos desta grandiosa obra que mudou a face da rede viária dos Açores. Nomes como o de Carlos César e de José Contente ficarão para sempre associados à quebra do afastamento do Nordeste e ao seu desenvolvimento. Com essa obra, o Governo socialista fez mais por aquele concelho do que o realizado por todos os governos e juntas gerais que o precederam! O tempo far-lhes-á justiça e lhes reconhecerá a mais do que merecida honorabilidade!
Apesar do cenário negro que precede a chegada de 2012, confiamos que os portugueses saberão enfrentar os novos desafios e ultrapassar as medidas gravosas que lhes são impostas pelo governo do PSD.
Por cá, nos Açores, 2012 será o ano da consagração de uma nova geração de políticas que, sem romper com o passado de que se orgulha, em Outubro, trará ao governo da Região uma vontade redobrada de bem servir a população, protagonizada por uma equipa jovem e competente, liderada por Vasco Cordeiro.
A todos os que nos leem ou nos ouvem, quero deixar um abraço fraterno com sinceros desejos de que 2012 seja um ano pleno de realizações pessoais e coletivas e que, como donos dos nossos desejos, saibamos ultrapassar com sucesso os obstáculos que querem colocar no nosso caminho e continuemos a acreditar no futuro!