Os tempos não estão para brincadeiras. Todos o sabemos. E estamos em ano eleitoral. Dado a enxovalhos em praça pública e ao desvendar de fatos comprometedores para os adversários políticos. Tudo areia para os olhos. É altura de nos determos no essencial, quando o que procura fazer é distrair as pessoas com o acessório. O que é essencial para os Açores? Quem oferece garantias de conseguir conduzir os Açores na senda do desenvolvimento? A escolha é simples. A autonomia dos Açores tem sofrido ao longo dos anos muitos ataques. Uns mais insidiosos do que outros. Recentemente, o Governo da República atacou a televisão regional, descapitalizando-a e reduzindo-a a uma janela com o argumento do custo financeiro. Depois procurou aplicar nos Açores a extinção de freguesias com as regras que ditou para o território continental. A seguir veio cobrar aos Açores que pague uma suposta dívida ao serviço nacional de saúde. Este Governo de Passos Coelho já demonstrou a visão paroquial que tem dos Açores e aproveita o contexto financeiro para justificar medidas de austeridade que afundam o pais num poço interminável de recessão. Esgotando as economias da classe média e comprometendo o desenvolvimento económico. Apesar dos sucessivos alertas de várias entidades que afirmam que Portugal não suporta mais austeridade. Com acessos de criatividade Passos Coelho fala das oportunidades que o desemprego promove e como se não bastasse sugere que os portugueses emigrem. É caso para se perguntar: mais? E nós, o que queremos para os Açores? Eleger uma repartição deste Governo de Passos Coelho na Região que aplique o seu modelo de extermínio do país à escala, ou um Governo que seja verdadeiramente capaz de defender a nossa autonomia, que consiga fazer frente com solidez, e sem hesitações partidárias, a esta postura centralista que Lisboa revela ter para com os Açores?