Começo coma expressão popular mariense. Bei! Bei! Bei!
A Dra. Berta Cabral arranjou uns idosos e prometendo um almoço lá fez um comício em Santa Maria, seguido de distribuição de beijinhos e sorrisos afirmando que “mudar para melhor é votar naqueles que não estiveram até agora”, lembrando que se os socialistas “não fizeram o que dizem, não é agora que vão fazer, porque já tiveram muito tempo para fazer o que agora estão a prometer”. Falou em passagens aéreas, dos terrenos que pertencem ao Estado e estão sob o domínio da ANA.
Mas esta senhora pensa que somos todos tolos ou foi só um delírio do momento.
Esta senhora esquece-se que deixou os Açores em 1996 à beira da falência? Que é a responsável pelas reformas antecipadas enquanto gestora da EDA ou da SATA, deixando estas empresas economicamente falidas? Que sendo Presidente da Sata e antes Directora dos Transportes os preços das passagens aéreas nunca baixaram pelo contrário. Esquece-se que foi o Governo do PSD do qual fazia parte que nos tirou a placa giratória dos aviões, para S.Miguel via Terceira oferecendo-nos em troca uma Zona Franca que nunca chegou a passar do papel, obrigando os marienses a emigrar atendendo a que esta Ilha vivia do seu Aeroporto, contribuindo assim para a desertificação da Ilha.
E tem a lata de vir falar dos terrenos que pertencem ao Estado que estão sob o domínio da ANA, cujo protocolo foi assinado por José Sócrates e Carlos César nas Flores e, que este Governo da República PPD/PP, não tem deixado avançar o processo administrativo.
Mas o que mais me impressionou foi o Dr. Marques Mendes dizer que quem manda em Portugal é a Troika com a Dra., Berta Cabral ao lado, afirmando que se fosse o PS que estivesse no Governo 95% das medidas que o actual Governo da República tem tomado, seriam iguais. Engano seu, taxaríamos o capital e não o trabalho, e não teríamos criado medidas incomportáveis à vida das pessoas, na saúde nos transportes etc.. A Espanha tem um Governo de Direita e não tocaram nos reformados e pensionistas, que confiaram no Estado por terem na sua Reforma o único rendimento com que contam para poder viver, e, para o qual descontaram. Em Portugal o Estado Ladrão apoiado pela Dra. Berta Cabral, até queria subir 7% na taxa da segurança social aos que auferem o ordenado mínimo para dar através da TSU aos patrões.
A senhora diz que não é o Passos Coelho, porque agora não lhe convém, fez parte da sua comissão de honra na eleição interna, faz parte das mais altas instâncias do Partido, ainda há poucas semanas afirmava que mercê dessa amizade e proximidade, estava em melhor posição para trazer mais-valias para os Açores, agora diz “vade retro Coelho” já nas autárquicas deixou cair como líder do PSD todos os colegas que tinham perdido as eleições, qual é a garantia que nos dá que quando estiverem os Açores mal, não diga que nem sabe onde isso fica.
Há um mínimo que se deve exigir aos políticos. Um mínimo ético que lhes impõe que acima de qualquer divergência circunstancial ou ideológica, que assumam posições credíveis neste particular momento: cabendo-lhes o poder de decidir sobre o destino da Região, e que não se esqueçam de que nele 35% dos jovens não encontram emprego e correm o risco sério de não o encontrar enquanto jovens, pelo menos na Região onde nasceram e têm o direito de viver; que nos aproximamos a passos largos do milhão de pessoas sem trabalho no país Governado Pelo PSD/PP e, sem esperança de o encontrar em breve; que há gente com fome, gente que abandona os estudos por não ter recursos; que empobrecemos a cada dia que passa.
Li a proposta eleitoral do PSD, algumas das propostas são inexequíveis, outras cheiram a mofo, já foram escritas em outros programas eleitorais desde o tempo do Dr. Mota Amaral, o que fizeram foi dar um ar moderno alterando a semântica.
Acreditamos nos Açores, queremos viver nos Açores e temos a certeza que os Açores conseguirão ultrapassar este momento em que vivemos, com muito trabalho, muita juventude e muita criatividade, atributos que a candidatura do Dr. Vasco Cordeiro protagoniza de longe e até oferece alternância.
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