“Não vou fazer nada de diferente do que aquilo que fiz ao longo destas dezenas de anos, que foi defender a minha terra. É isso que farei”, foi com esta declaração lapidar que Carlos César selou o seu compromisso de candidatura às próximas eleições legislativas nacionais, como cabeça de lista do PS pelo círculo dos Açores. O PS-Açores resolveu a questão da liderança da sua lista de candidatos com naturalidade e transparência. O processo demonstrou a força e a autonomia do partido em relação ao PS nacional. E também revela a importância que o PS-A atribui à governação do País nos próximos quatro anos. É urgente alterar as más políticas nacionais que prejudicam a boas políticas regionais. Portugal precisa de mudar e de proceder a uma viragem política capaz de conciliar o rigor das contas públicas com investimento, crescimento, emprego e solidariedade. E o País necessita de uma abordagem diferente à relação entre o Governo Central e as Regiões Autónomas. Não é possível continuarmos com um governo central que quer exportar parte do deficit público para os Açores e que adia soluções urgentes. É por isso que nos próximos quatro anos a defesa dos Açores no plano nacional será uma tarefa extremamente exigente. Basta pensarmos no que é necessário acautelar no domínio das quotas leiteiras, da defesa do mar, da RTP, da Universidade dos Açores e da Base das Lajes, entre muitos outros assuntos. Mas se no PS há desenvolvimentos muito importantes no PSD as coisas estão pelas ruas da amargura. A cada dia é mais evidente o erro que Duarte Freitas cometeu ao adiar a escolha do cabeça de lista do PSD às próximas eleições nacionais. Só uma liderança fraquíssima do PSD-A é que deixa arrastar o espetáculo indigno de pronunciamento público de sucessivos apoiantes de um candidato que todos já perceberam ter sido censurado em Lisboa. O PSD-A não tem força para defender a sua vontade perante os seus correligionários nacionais. Perante este quadro não é difícil descobrir as diferenças entre o que representa a candidatura do PS-A e a do PSD-A.