Winston Churchill - “A atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença”. Debrucemo-nos sobre os mais recentes “eventos” da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Grupo SATA. Por um lado, temos partidos que claramente têm tentado esclarecer, de forma serena, a real situação daquele grupo empresarial. Porque é esse o objetivo daquela Comissão e é isso que realmente interessa. Por outro lado, temos o PSD/A. Num frenesim a roçar o histérico, que a todos surpreendeu, aquele Grupo Parlamentar levantou, do nada, questões relativas à legitimidade de membros da Comissão a nela estarem presentes por terem sido membros de governos anteriores que reportavam ao âmbito temporal sobre o qual incide o objeto daquela. Isto depois de imenso tempo já ter decorrido desde o seu início de funções e de tal questão nunca tal se ter colocada antes, nomeadamente em relação ao próprio presidente da Comissão, que exerceu funções naqueles termos. Aparentemente, a presença do Deputado José Contente (que nunca teve qualquer relação com qualquer pasta governamental em que estivesse incluída a SATA), a substituir um outro deputado do PS, foi de tal forma incómoda ao PSD/A – o que para o Deputado em causa é provável que seja um bom sinal - que, de forma algo incompreensível, um dos seus representantes naquela Comissão desencadeou um incidente que veio a emperrar trabalho que estava a ser desenvolvido de forma séria, célere e profícua. E é aqui que se vê a importância da atitude – que, se não fosse tão má, neste caso, por parte do PSD/A, o trabalho teria continuado, para bem do esclarecimento cabal de todos os factos sobre os quais impendem dúvidas. “Eventos” destes em nada dignificam a política. E as comichões têm remédio – devem é ser tratadas em lugar próprio, não no âmbito de uma Comissão de Inquérito.
Marco Aurélio – “Se algo externo te traz aflição, ela não se deve àquela coisa em particular, mas à tua avaliação da mesma, e isso tens o poder de revogar a qualquer momento”. Que trapalhada foi a elaboração da lista do PSD/A à Assembleia da República... Em vez de Passos Coelho revogar a avaliação que ele próprio fez de Mota Amaral, mandou Duarte Freitas revogar Mota Amaral. Um desnorte completo foi o que o maior partido da oposição nos Açores deixou transparecer em todo aquele processo. No entanto, foi um desnorte que deu a conhecer, ainda mais, a impreparação daquele partido, que tanto diz querer ser alternativa, para ser isso sequer. A juntar ao triste episódio da Comissão de Inquérito, haja quem oriente este PSD/A…No meio de todos estes episódios, continuamos a ver um PS/A que elaborou a sua lista de candidatos à República da forma mais regular e consensual possível, sem quaisquer “levantamentos” ou contestações internas, comprovando-se, mais uma vez, onde reside a serenidade decorrente da experiência e da capacidade governativa inerente à mesma.
André Malraux – “Um homem não é aquilo que mostra mas aquilo que esconde.” Por mais que os pregoeiros habituais de Duarte Freitas queiram fazer passar a imagem de que é da responsabilidade deste o abaixamento dos impostos na Região ou a redução das tarifas aéreas, a realidade é que o líder social-democrata continua a fazer seu aquilo que não é. Parece que, por aqueles lados, passam mais tempo a tentar convencer as pessoas que trabalharam do que efetivamente…a trabalhar.