Em 2006, na Comissão Eventual para a Revisão do Estatuto Político-Administrativo, respondendo numa audição, a uma deputada do PS/Açores, o Dr Mota Amaral afirmou: “acho que faz sentido que os cidadãos residentes nos Açores, que porventura necessitem de cuidados especializados, porque não são acessíveis na Região, tenham acesso em igualdade de circunstâncias com os outros cidadãos, ao Serviço Nacional de Saúde”.
Durante, os últimos 40 anos este problema não ficou resolvido. As querelas do deve e haver com a república atravessaram todos os governos até hoje. Justo é dizer que esta grande questão, mais uma vez, será resolvida pelos dois governos socialistas dos Açores e da República, com a aprovação nos dois parlamentos de legislação que ficará na história da autonomia. Acaba-se com a “discriminação ” dos doentes açorianos deslocados na república.
Esta semana o Parlamento açoriano aprovou legislação que regulariza a reciprocidade de garantia de tratamentos de doentes do continente nos Açores e vice-versa, a serem suportados, respetivamente, pelos Serviços Regional e Nacional de Saúde. É um ganho para a nossa autonomia conferindo-lhe novos patamares de desenvolvimento e de dignidade humana.
Porventura, em ano eleitoral os partidos da oposição, sentiram uma inusitada “ansiedade política” perante a legislação proposta pelo governo dos Açores. Ter mau perder já não é positivo, porém, parecer que não se quer ganhar ainda é pior. O mesmo aconteceu num justo voto de congratulação do PS/Açores ao Orçamento de Estado de 2016, justificado pelas boas medidas para a Região, inscritas neste documento.
Mais transferências financeiras, cumprimento da Lei de Finanças Regionais e uma nova postura de solidariedade e abertura real para com os problemas açorianos. Assim, de novo, se provará que os governos socialistas na república são melhores para os Açores. Veremos como os partidos na república se “comportarão” face a estes novos ganhos da autonomia. Os sinais desta semana no parlamento açoriano, sobretudo do PSD, revelaram que ainda se “afogam com mosquitos enquanto engolem elefantes” do passado. Lembram a mitologia grega, não do Rei Midas mas do Rei Sadimque transformavam desgraça tudo em que tocava…Os ganhos da autonomia continuam incompatíveis com posturas negativas.
O PS/Açores continuará confiante e vigilante para cumprir e ganhar autonomia.