Na passada semana foi tornado público o plano Açores Export 2016.
Um plano que prevê desde a participação de empresas açorianas em 13 eventos promocionais que terão lugar na Região, em Portugal Continental, na Europa, nos EUA e no Canadá, até à realização de workshops direcionados para a formação para a internacionalização. Este plano inclui, também, a organização de uma missão que pretende promover a vinda aos Açores de importadores nacionais e internacionais, potenciais investidores e empresários de mercados prioritários para os Açores, como a Europa, a América do Norte e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Será também criado um entreposto para empresas açorianas no continente, onde as micro e médias empresas dos Açores poderão contar com um espaço de armazenamento dos seus produtos no continente a preços reduzidos.
É este o caminho. A capacidade de valorizar o que temos de melhor, o que é diferenciado e se distingue qualitativamente no mercado exterior, facilitando os canais comerciais e promovendo a redução dos custos de contexto para as nossas empresas.
É indiscutível que temos grande qualidade em diversos setores. A marca Açores está associada a conceitos muito valorizados pelos consumidores, como a qualidade sustentável e a sustentabilidade ambiental.
Temos, assim, que continuar e intensificar esta agenda política, de equilíbrio da nossa balança comercial.
Num momento em que temos pela frente grandes transformações no mercado turístico, significativas indefinições no setor agroalimentar e nos reais impactos de um mercado do leite totalmente liberalizado sem tetos máximos de produção, ou seja, sem quotas leiteiras, os desafios nos setores exportadores regionais são enormes, mas certamente estimulantes.
O Governo dos Açores faz, assim, a sua parte no planeamento e disponibilização dos instrumentos de apoio necessários para vencer esses novos desafios.
Mas o sucesso destas iniciativas tem muito que ver com o mérito dos empresários açorianos, autênticos super-heróis dos tempos modernos, que com a sua coragem, trabalho e empreendedorismo, têm conseguido valorizar o que temos de melhor, num mercado com características arquipelágicas que aumentam as dificuldades à atividade empresarial.
Estes desafios só podem ser vencidos com uma conjugação de esforços entre as entidades públicas e privadas onde cada um faça bem a sua parte, sem agendas escondidas e sem instrumentalizações institucionais que contribuem muito pouco para o sucesso da Região nestas áreas.
São legítimos os exercícios de reivindicação e de tentativa de influência do futuro. Mas isso só faz sentido se for em nome de uma agenda positiva, preocupada verdadeiramente com o futuro.
Tem sido desenvolvido muito trabalho. Mas há ainda muito para fazer e é nisso que temos de estar focados.