Defendemos em artigo anterior “Terror(islamismo)” que a resposta ocidental precisa ser rápida e global. Petróleo, a rota da seda transformada em viagem da droga, venda de armas e incentivos à guerra não podem ser a prioridade. Como disse Churchill: vencer não é tudo, o resto é ganhar.
Desde 1969, no país de Jacques Brel registaram-se dez ataques terroristas. O IRA (Irlanda), a ETA (Espanha) as Brigadas Vermelhas (Itália) e o Baader-Meinhof (Alemanha) foram distintos do terror islâmico. Cooperação e prevenção serão, possivelmente, dois métodos eficazes de combate a estes horrendos acontecimentos. Há focos de tensão mundial a mais para que os fenómenos da fome, das migrações, das desesperanças e dos totalitarismos não se estejam a instalar.
As células adormecidas de terroristas são tidas como maiores perigos do que os migrantes. As sucessivas guerras na Europa banalizaram a morte e deixaram de a tornar trágica! Após a II Guerra Mundial a paz na Europa voltou a gerar um sentimento securitário e, provavelmente, de desleixo. Retornou a necessidade de colaboração e cooperação das forças internas de segurança, prevista desde 1954. A monstruosidade da carnificina da “guerrilha líquida, imprevisível e centrífuga” tem demonstrado que a Europa precisa aprender com Israel. Este país vive em ameaça permanente, tem liberdade e coesão social dentro das pressões com que convive. Muitos pensam nos tempos da Guerra Fria como dois mundos previsíveis e mais “seguros”. Outros recriminam os espetáculos dos policiamentos mundiais feitos no Iraque, no Egipto, na Líbia e na Síria, sem cuidar do “day-after”, ou ainda, a indecisão europeia face ao hibridismo da Turquia.
Os EUA sempre prometeram a possibilidade de paz e prosperidade, a Europa – a começar pelo seu hino- só promete alegria, irmandade e prosperidade a todos. Faltando uma ou várias destas promessas restaram as crises e as divisões. Hoje, existem condições para a consiliência e a emergência da “segurança de totalitarismos”. A direita europeia e “os Trumps” das Américas começam a ver “janelas de oportunismo político” se a firmeza da política não for levada até às últimas consequências. Há no ar uma certa mentalidade ou lei do tabelião do século XXI: quem não mata morre.
Mais: Vasco Cordeiro e Congresso dos EUA/Base das Lajes.
Menos: A posição desmemoriada do Pentágono. Centro de Inteligência chinês no Atlântico!?