EM DEFESA DA SATA! Recentemente temos assistido a algumas opiniões publicadas exigindo, da empresa açoriana SATA, uma melhor resposta ao serviço de transportes aéreos de passageiros, na nossa região. Desconheço em profundidade o que tem motivado estes alegados problemas de funcionamento. Talvez a gestão! Talvez o mercado! Talvez as condições atmosféricas! Talvez a falta de aviões! Talvez a dificuldade de articulação de diferentes meios de transporte! Talvez a falta de tripulação certificada! Talvez a concorrência! Talvez por ser açoriana! Não sei responder. Nem vou tentar. Deverá ser a própria SATA a promover este tipo de esclarecimentos, no sentido de um melhor envolvimento da população na sua atividade, ao serviço dos açorianos.
EM DEFESA DA SATA! Não posso deixar de manifestar alguma perplexidade quando é referido o desejo e mesmo saudade, apelando ao regresso imediato da TAP, às rotas que abandonou, como se ainda fosse possível, no contexto do serviço público de transporte aéreo nos Açores. Porque prestava um melhor serviço! Porque cancelava menos vezes! Porque é uma companhia de dimensão nacional e internacional! Porque tinha mais ligações à Europa! Porque cumpria horários! Porque tinha melhores pilotos! Porque também somos Portugal! Porque estávamos habituados! Porque conhecia bem os aeroportos! Porque sim!
EM DEFESA DA SATA! É bom relembrar que a TAP tem vindo sucessivamente a abandonar o seu posicionamento enquanto companhia verdadeiramente nacional e de ligação de todos os Portugueses. O assunto ganhou expressão mediática, mais uma vez, com a forma como tratou no passado recente, as rotas no aeroporto do Porto, bem como de ligações com outras cidades Europeias, obrigando-se a recuos sucessivos, decorrentes de um experimentalismo a que não estávamos habituados, reveladores de que a TAP já não primou a sua gestão por uma cultura de serviço dos interesses de Portugal e dos portugueses.
EM DEFESA DA SATA - O Governo português da responsabilidade do PSD/CDS assistiu impávido a este tipo de situação, deixando que os interesses privados tomassem conta da TAP, sem qualquer regulação, fechando escritórios e abandonando funcionários de longa data. Os açorianos alertaram para os riscos desta mudança de posicionamento, daquela que também chamavam de “companhia de bandeira”. Sentiram e sentem o abandono das rotas de serviço público, de e para a região, mesmo antes da sua privatização, para as quais nem apresentou proposta. Uma delas a rota Lisboa/Horta, que fazia parte do histórico da própria TAP, com mais de trinta anos de existência e que, face à distância que percorria, simbolizava a ligação do território nacional.
EM DEFESA DA SATA - É lamentável assistir ao declínio estratégico (porque é de estratégia que se trata) da TAP, de uma companhia de que crescemos a gostar, pelo simbolismo, pela simpatia, pela importância e sobretudo pela suposta sensibilidade da sua intervenção, na ligação de Portugal, quer internamente quer com o exterior. Estou certo de que ainda apuraremos responsabilidades por este tipo de situação, relembrando aos que se calaram (por acaso alguns dos que agora opinam) e chamando à responsabilidade os gestores que não conseguiram, e nem conseguem, ver para além do período, em que se mantêm nos lugares, para que foram nomeados.
EM DEFESA DA SATA - É bom relembrar que a TAP foi alvo de uma privatização feita à pressa, envolta em grandes riscos, com uma formalização contratual assinada por um governo que já nem se encontrava em funções, sem salvaguardar o verdadeiro desígnio e função da verdadeira TAP. Parece mentira, mas não é! realmente aconteceu! Em Portugal! Nos Açores! E com a TAP!
EM DEFESA DA SATA! PORQUE FOI QUEM NOS DEFENDEU!