Nesta sessão legislativa de abril foi apresentado pelo GPPS um voto de pesar pela morte do açoriano, José Pracana.
Homenagem prestada agora por motivos de agenda e regimento parlamentar, mas nem por isso deixa de ser atual e sentida
Votado e aprovado por unanimidade pelo parlamento açoriano, de tudo o que foi dito acerca dele, sempre pouco, para descrever e homenagear alguém que dedicando a sua vida à música e ao fado, esta forma cultural património dos portugueses e património imaterial da humanidade pela UNESCO, fica sempre o sentimento de enorme perda de quem também já fazia parte deste património.
A sua dedicação à música, e ao fado, esta forma cultural, ao mesmo tempo catártica e balsâmica, pacificadora e de união, que toca a todos os portugueses no mundo, transformou-o num português açoriano universal.
Património da humanidade também tudo e todos que para o fado contribuíram no sentido da perpetuação dos valores culturais das sociedades como seu património imaterial.
O Fado também reconquistado após a revolução dos cravos que comemoramos este mês de abril pela 43ª vez, estará intimamente ligado à portugalidade pela sua versatilidade e identificação com a “alma lusitana”.
Associando-me a esta homenagem ao José Pracana feita no Parlamento Açoriano e ao seu e nosso fado, dedico esta rima singela de quem sabe ouvir melhor do que versar e infelizmente não sabe tocar nem cantar.
Já não importa morrer
E à porta do céu ficar
Sabendo que lá vais ter
Numa guitarra a tocar
Fadista que sem o ser
Também o sabia cantar
Até sempre.