Opinião

Anunciar mudanças e executá-las

O paradigma da produção de energia a partir de fontes renováveis nos Açores está a mudar. Estima-se que nos Açores passe dos 37%(ano de 2017) para 53%(ano de 2025), acrescendo à valorização energética de resíduos esta poderá atingir os 61%. É sempre bom relembrar aos “velhos do Restelo” - da sua real origem do “velho d'aspeito venerando” do canto IV dos Lusíadas - que em 1993 registava-se nos 9%. Nas diferentes ilhas o cenário é diferente. Em São Miguel dos atuais 51% de produção de energia renovável estima-se que atingiremos 67% em 2025; nas Flores, a contribuição das energias renováveis é de 50%, sendo expectável que com os investimentos em curso passará para os 87%. A ilha das Flores distancia-se das outras ilhas pela transição para um modelo sustentável pelos seus recursos naturais na produção de energia a partir de fontes renováveis. Há clara evidência de uma estratégia de valorização energética nos Açores por via das energias renováveis versus a redução de dependência dos combustíveis fósseis. Esta é uma mudança de paradigma que, também, posiciona os Açores como destino sustentável pela gestão dos seus recursos. Aliado a este paradigma suportado em avultados investimentos há espaço para a política social através da introdução da tarifa social que abrange mais de 11.000 Açorianos, onde o valor ponderado do desconto é de cerca de 33% menos do tarifário normal. O investimento público e privado garante uma mudança de paradigma nos Açores. A visão social é incluída nesta mudança de paradigma, porque não há uma só maneira de conceber o Estado Social. A confiança dos cidadãos mantém-se sempre que há o cumprir da palavra. A mudança do paradigma da produção de energia a partir de fontes renováveis aliado ao princípio de apoiar quem mais necessita têm sido compromissos anunciados e executados.