Opinião

Europeias

Em breve, teremos eleições Europeias. Se qualquer eleição é fundamental em Democracia, estas revestem-se de uma importância vital. Na verdade, uma Europa unida, não apena na vertente económica, mas também social e solidária; uma europa como projeto político garante da paz- é essencial, quando a realidade preocupantemente nos lembra que não há conquistas irreversíveis e a globalização também pode ser a banalização do mal. Perante uma globalização desregulada, que não cuidou devida e tempestivamente dos seus novos deserdados, antes ressuscitou e ampliou o fosso das desigualdades e a "modernidade" radical liberalismo económico, com a ampliação dos nacionalismos e a legitimação dum larvar desprezo pelo primado da lei, seja em nome da segurança ou do realismo orçamental - os tempos estão perigosos. Inclusivé, para a descentralização regionalista e/ou autonomista: a europa das regiões não passa hoje de má poesia para o burocratismo cinzento de Bruxelas. Só o reforço da família socialista na europa e no seu Parlamento, pode salvar a Europa dos cidadãos e das Regiões, garante de equilíbrio, paz e prosperidade numa globalização desregulada. Daí que também, os Açores e os seus deputados ao Parlamento Europeu tenham de ser essa voz, e uma influência permanente numa Europa solidária das Regiões. Aos nossos Deputados caberá fazer essa pedagogia, lá e cá. E mais cá do que lá. A nossa economia e o nosso desenvolvimento são enormemente condicionados pelas políticas e pela solidariedade europeias, e precisamos de representantes que façam o caminho das ilhas, intermediando e reivindicando as nossas específicas necessidades, e fazendo-as valer junto dessa Europa. Mais do que representantes enfeitados com títulos de vária nobreza, precisamos de deputados que bebam chá... na Gorreana!