Carnaval
Vou comer um coscorão. E apetece-me ver danças. De preferência de espada, com um dramalhão digno da bela Inês. Pode ser da América, a lamentar talvez os desencontros de valores com a geração já lá nascida, agravados pelas saudades da Terra.
Ou então sobre o desencontro do Mundo, em que há poderios de progressos na tecnologia e no digital, e aumenta a fragilidade dos equilíbrios mundiais: da Europa, entretida com engenharias financeiras e esquecendo-se perigosamente da sua tardia consagração, para garantir a paz, a democracia, a descentralização e a subsidiariedade... que lamentos o da espada não choraria?
Da América do Norte, o homem de cabeleira laranja, voltou a encontrar-se, a Oriente, com o pequeno grande líder, neto de grande líder - que é mauzinho e perigoso, e gosta de brincar com supositórios nucleares. Soube-se que amuaram, desconfia-se mesmo que o oriental não quer uma TrumpTower na Terra dele... Espada ou pandeiro?
De algumasagremiações, que agora mentem no Facebook com perfis falsos, insultando os adversários sem direito a contraditório, e prometendo dar tudo, e em dobro, daquilo que, enquanto puderam, tiraram... Mas agora há dirigentes que são "ordenados" pelo número de votos que conseguem abocar nas brigas internas! Mas que atrevido "Ratão"!
E há bobos e outros jograis que, com o atrevimento de antanho, mas vestimenta moderna, descobrem agora, com falsa surpresa e velhaca indignação, que os aeroportos, só por serem grandes, não atraem resmas de aviões chineses (é certo que há quem ainda não saiba, e insista no aumento de tamanho) - são os mesmos que há poucos anos, com argumentário por certificar, aeroportos queriam dois! Entra agora a concertina...
Mas, saídos do carne-vale... vêm as cinzas. E a ordem das coisas retomará a sua sisudez rotineira... Ou não?