Opinião

Paroquiais

O folhetim da candidatura do PSD/Açores às eleições europeias desvelou as fraquezas políticas do maior partido da oposição. Atirar o nome de Mota Amaral, antes de negociação prévia, foi imaturo e uma atitude desprestigiante para os Açores, pelo desfecho previsível. É um primeiro sinal da impreparação de quem confunde a “política de paróquia” com a “política de diocese” ou da Região. Os Açores terão um representante na Europa. André Bradford será deputado dos e pelos Açores, acima de qualquer partido. Porém, o enxovalho dilatado no tempo, a que submeteram os Açores, traduz a puerilidade da atual liderança paroquial/social-democrata. Invocar a divisa do corregedor Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos roçou a indigência histórica. Em política e nas instituições, sem cultura falham as lideranças. Neste caso, a vitimização é absurda e ineficaz. Faltando dimensão e projeto visível, as vitórias bazofiadas no último congresso laranja foram ficções concelhias. Começou o cerco interno, à semelhança do que “está escrito” para Rui Rio. Paroquiais!