Os Açores (Santa Maria e Terceira) são uma referência na estratégia de tecnologia e inovação internacional. De 2008 a 2019 , tem sido traçado um caminho consistente e de futuro.
Em Santa Maria, iniciamos com a Estação de rastreio ESA - , a qual foi denominada por alguns, de forma maldizente, de contentor - e que o presente confirma a estratégia, alojando hoje a Estação Europeia Portuguesa. Estamos no plano Espaço 4.0, tendo ontem sido lançado o concurso público para um porto espacial.
Na Terceira, o AIR Center, agência de investigação internacional direcionada para as áreas do espaço, oceano, atmosfera/clima, energia e dados ou o TechIsland como centro de empresas tecnológicas, onde se destaca, para já, a start-up Academia de Código, que promove cursos de formação avançada em programação informática, a qual no período de um ano garantiu a 107 açorianos “estarem empregados ou em formação para trabalhar nas oito empresas já instaladas ao abrigo deste projeto”.
Alguma oposição negligencia o investimento e o percurso evolutivo, outra oposição é tímida nos elogios. Recordo Mariano Gago “ para fazer ciência, é preciso paciência”. Para o que importa, ou seja, para o futuro de inovação e qualificação nos Açores, acompanhado da bandeira da sustentabilidade ambiental, o rumo traçado é o certo.
Não é possível almejar empregos qualificados e assumir o despovoamento com um grave problema e simultaneamente negar o envolvimento dos Açores para uma economia com criação de valor. É nesta contradição que a oposição nos Açores está mergulhada. À tona (e bem) com a boia da inovação e tecnologia assumida pelos Governos Socialistas, como um dos pilares estratégicos de desenvolvimento dos Açores que promove investimento e emprego qualificado, sendo estes instrumentos estruturais contra o despovoamento.
P.S. Faleceu esta segunda-feira um homem de visão, que muita tinha para dar a este país. Um homem da inovação. O homem das Start-ups. Até sempre, João Vasconcelos.