Este texto é escrito na primeira pessoa por se tratar de um testemunho sobre o André. O Dr. André Bradford que depois passou a ser o André. O meu amigo André. Conheci o Dr. André Bradford há uns largos anos. Era eu dirigente da JS. O Dr. André era dirigente do PS Açores e aparecia junto do Presidente Carlos César. Era essa a imagem que tinha dele. Não sabia bem o que fazia. Depois percebi que era assessor do Presidente. Os nossos contactos foram pouco mais que ocasionais. Uns anos mais tarde, na qualidade de novato Adjunto do Grupo Parlamentar do PS Açores, conheci um outro Dr. André Bradford. Era ele Secretário Regional da Presidência. A relação não era muito próxima. Aliás, era essencialmente profissional. Eu era tido por “especialista” em bola e ele por benfiquista ferrenho. Por aqui, à partida, não havia pontes para estabelecer. No entanto, havia uma coisa que o Sr. Secretário Dr. André Bradford tinha que se destacava à distância. Ou melhor, duas. Sendo que uma é consequência da outra. Refiro-me à inteligência e ao sentido de humor. O Dr. André Bradford, fosse em debate parlamentar ou numa pausa, tinha sempre na manga uma tirada digna dos mestres. A ironia estava sempre presente. A astúcia e visão política também. Dando mais um salto no tempo. Volto a cruzar-me com o Dr. André Bradford quando ele assume o lugar de Deputado. Aqui começou a cair o Dr. O adjunto, já não tão novato no cargo, tem por norma uma considerável proximidade aos Deputados. Com o Dr. André tinha que ser assim. E assim foi. Mantinha-se a divisão futebolística, mas pelo humor - sendo que o meu não tem o mesmo brilho - ia chegar lá. E cheguei. Finda essa legislatura, o André, aqui já o meu amigo André, assume com a distinção que todos lhe reconhecem o cargo de Presidente do Grupo Parlamentar do PS na atual legislatura. Aprendi muito com o André. Muito e em pouco tempo. O André prepara-se agora para ir defender os Açores no Parlamento Europeu. E eu tenho a certeza, absoluta, que o André, sendo um dos mais brilhantes quadros do PS Açores, vai dignificar os Açores e representar o Povo Açoriano com elevação, sentido de responsabilidade e intransigência na defesa dos justos anseios das nossas gentes. Mas, para isso, o André precisa de nós. Precisa do nosso voto no próximo dia 26 de maio. Precisa que os Açores digam presente. Precisa de sentir a força de um Povo que não aceita ser menorizado e muito menos ostracizado por centralistas que acham que 9 ilhas e uma Alma Imensa podem ser representados por um assessor no gabinete da Madeira. Os Açores terão uma voz na Europa. O meu amigo André será essa voz! Por isso, no próximo domingo só temos um caminho: demonstrar que somos todos André!