Encontramo-nos na reta final da campanha para as eleições legislativas nacionais do próximo domingo. Uma campanha eleitoral onde as diversas forças políticas concorrentes ao ato eleitoral se têm ocupado, e bem, a apresentar junto do eleitorado as suas propostas e os seus projetos para os Açores e para o país. É a democracia a funcionar e ainda bem que assim é. Ainda assim, há partidos que, em algumas matérias, em vez de apresentarem propostas concretas para vencerem os desafios que se colocam, vão-se ocupando em atacar os outros como forma de esconderem as suas próprias fragilidades.
Vejamos o caso do Aeroporto da Horta. O PSD/Faial, na ânsia de angariar votos e provocar distrações face aos problemas internos com que se vê confrontado, ao invés de se juntar ao Partido Socialista e ao Faial no encontro de soluções para concretizar esta antiga aspiração da ilha, continua a optar pela trica político-partidária do bota-abaixo, que em nada contribui para resolver o quer que seja, omitindo deliberadamente um novo paradigma sobre esta questão.
Lembremo-nos que há 4 anos, o PSD/Faial, aceitou quando o seu partido governava na República e disse que o Aeroporto da Horta não era para fazer, não era prioritário. Nessa altura, o PSD/Faial virou-se para o Governo Regional a exigir que fizesse obra numa propriedade da República, gerida por uma empresa privada. Para o PSD/Faial teria de ser o Governo dos Açores, o mesmo que não foi ouvido sobre a privatização da ANA, a fazer uma obra que a República não queria que se fizesse.
Hoje, o Governo da República do Partido Socialista reassume o compromisso e inclui a intervenção no Orçamento de Estado e no Plano Nacional de Investimentos, no âmbito do Portugal 2030.
Esta é a diferença, a grande diferença!
A este PSD/Faial, que dispara em todas as direções, mas que não dá garantida de nada, é preciso questionar: com quem contam na República para fazer o Aeroporto da Horta? Com Rui Rio, o líder nacional, com quem ainda há três meses se recusaram a fazer campanha? Que acusaram de desconsiderar os Açores, quando Rio destratou o histórico social-democrata Mota Amaral, excluindo-o de um lugar elegível para o Parlamento Europeu? Contam com Rui Rio que disse que os nossos votos não contavam, que não eram fortuna nenhuma? E pedem agora aos Açorianos que votem nele?
Ou conta o PSD/Faial com o seu líder regional – o mesmo que acusaram de não ter condições para ser Presidente do PSD/Açores? O mesmo que exigiram que se demita?
Que coerência existe no PSD/Faial que pede o voto numa pessoa que querem demitir?
O PSD tem insistido neste trajeto do negativismo e da descrença mas o que se exige a um partido com a sua responsabilidade e com a sua história é que faça parte da solução, que construa, que não meta areia na engrenagem e que não veja em eventuais insucessos do Faial, o seu sucesso político.
O Partido Socialista afirma-se como um partido de soluções, com um objetivo bem definido de valorização dos Açores e de Portugal, consciente de que muito foi feito, mas também de que há ainda muito a fazer, e que não coloca em causa as legitimas aspirações de desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores em funções do número de votos que representa. Esta é a diferença e é esta a resposta que todos devem dar no próximo domingo.