A legislatura nacional dá os primeiros passos, com uma realidade inédita, mercê da entrada de três novos partidos.
Aquando da primeira intervenção do deputado da Iniciativa Liberal, o líder do partido anunciou que já chegava de prejudicar a sua vida com esta coisa da política, e foi tratar dela, da vidinha… Além do exercício de liberdade clássica, ficaram alguns a saber, ao contrário do que pensam e lhes dizem, que a dedicação à causa pública prejudica as vidinhas de alguns, e muitos não estão, liberalmente, para isso!
O Livre fez questão de ganhar a agenda mediática com o direito à gaguez e a usar saias, independentemente de género, dever de ofício ou tradição popular. E lembrou que saia escura com meias verdes também é livremente possível e que o bom gosto é só uma temporária convenção… Mesmo correndo o risco de sobrevalorizar novas questões de género, etnia e liberdade individual, que são importantes se não assumirem foros de novo tribalismo urbano e forem convenientemente doseadas com a eterna questão da desigualdade económico-social.
O do “Chega” continua a dizer o que pensa que as pessoas querem ouvir, tentando cavalgar o medo, a insegurança e o sentimento de injustiça difusa, através dum discurso fácil e falso, maniqueísta e primário, identificando vulneráveis como inimigos, em nome da “ordem” e contra a “ciganada”. É que, quando foi candidato autárquico pelo PSD, mandou fazer uma sondagem, que dizia que rendia…
E o Ventura resolveu fazer o contrário do que escreveu na sua tese de doutoramento, onde alertava para os perigos dos excessos policiais, sobretudo contra algumas minorias!...
Há quem tenha, na política, projeto e ideologia e há quem diga o que pensa que “vende” o suficiente. A boa notícia é que, tal como o RAP, eu já não acredito que ele seja mesmo do Benfica!