Esta semana realizou-se um dos mais nobres e típicos rituais parlamentares: o debate do Plano e Orçamento. Não há democracia que dispense o Parlamento, livre, democrático e plural; e não há Parlamento que prescinda dos seus rituais, que podem não ser tão excitantes como os “alertas CM”, mas o debate a sério ainda exige um tempo mais longo.
No Parlamento, no nosso que é o de uma Democracia recente mas consolidada, qualquer representação parlamentar tem direitos e fala sempre; O Regimento prevê direitos potestativos para as oposições; Para ser grupo parlamentar chega a pluralidade mínima de dois; Há mecanismos para obrigar o Governo, em prazo curto e certo, a responder aos requerimentos; No nosso parlamento, felizmente, a oposição só reclama mais direitos porque está cá para o fazer, porque alguns, que não todos, fizeram para que assim fosse.
O Partido Socialista é, consabidamente, por gosto e convicção, uma maioria democrática e dialogante, que preza o debate democrático e não dispensa a negociação e o consenso que a salutar pluralidade parlamentar exige; por isso mesmo, sempre aprovámos iniciativas parlamentares de todos os Partidos da oposição.
Infelizmente o PSD tem tido tão pouco tempo para pensar nos Açores e olhar para os açorianos, que muitas das suas reivindicações são a exigência de mais um degrau, o ganir em tom mais elevado uma nota, mas sempre duma música, dum modelo e dum paradigma que é aquele que o PS construiu para os Açores!
Ao nível reivindicativo, o PSD só pede mais daquilo que o PS já propôs e já fez, e certamente continuará a fazer em benefício dos Açorianos.