Opinião

Qualificação: a estrada para a empregabilidade

Não se trata de futurologia tentarmos perceber quais são as competências mais importantes para que haja mais e melhor empregabilidade no mercado de trabalho de amanhã. Basta olharmos à nossa volta e compreendermos que as mudanças nos empregos têm sido consecutivas ao longo da nossa história e surgem sempre que nasça uma nova tecnologia, uma vaga de globalização ou um novo paradigma para a organização do trabalho, sendo certo que na última década a rapidez com que estas mudanças surgem são transversais a variadíssimas atividades económicas e, acima de tudo, globais.
Perante este cenário, surgem novas profissões, outras desaparecem e ainda há aquelas cujas tarefas se vão adaptandoà nova realidade.
Entre 2010 e 2018 várias profissões quase que duplicaram o número de trabalhadores por conta de outrem, tais como: Especialista em políticas de administração, especialista em base dados e redes, especialista de redes informáticas, programador Web e de multimédia ou programador de software. No entanto, e no mesmo hiato de tempo, há um maior decréscimo do número de trabalhadores, tais como: Diretor de sucursais de bancos, serviços financeiros e seguros, diretor das indústrias de construção e engenharia civil, carteiros e similares, diretor de investigação e desenvolvimento, explicador e formador fora do ensino oficial.
O que é facto é que, sem prejuízo das profissões em si, são várias as opiniões de especialistas que têm dado enfase à análise das tarefas associadas às profissões e às competências que o trabalhador deve adquirir para as executar.
Por isso, é fundamental pensar no mercado de trabalho além das profissões, sendo prioritário e vantajoso o aprofundar e explorar competências que são hoje exigíveis, por forma a acompanharmos o futuro do emprego.