Opinião

A demagogia vai nua!

      "A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações."

      Winston Churchill

Era só mesmo o que mais faltava, era esta agora: a Sra. Secretária da Educação, confrontada com um inequívoco, desta feita sim, um inequívoco isento relatório de auditoria ao ProSucesso - o do Tribunal de Contas - vir agora à comunicação social dizer que, afinal, o que interessa, não são as taxas de sucesso dos nossos alunos! Inacreditável! Caiu-lhe a máscara! O impensável aconteceu! O ponto a que chegou uma já muito pouco saudável entrada em negação! E mais palavras para quê, depois disto?! Desta, não haverá açoriano que não tenha agora percebido o que aqui se passa: o embuste político, a demagogia desmascarada. Como desvalorizar um relatório isento, repito, realmente isento, este sim, que nos informa, a título conclusivo, do seguinte:
Quanto à educação pré-escolar, "A quase totalidade dos objetivos fixados, tendo como meta o ano letivo de 2020/21, foram alcançados no ano letivo de 2019/20 e, parte deles, suplantaram a meta definida para o ano letivo de 2025/26"
"No ensino básico, as taxas de transição e de conclusão alcançaram os objetivos de manutenção de resultados preconizados para o ano letivo de 2020/21 e apresentaram, de forma sustentada, uma tendência crescente, vindo a superar os objetivos definidos para o ano letivo de 2025/26 (meta), antecipando-se em cinco anos".
"No ensino secundário, as taxas de transição/conclusão apresentam um crescimento acentuado, evidenciando uma melhoria significativa, pois, para além de atingirem os objetivos estabelecidos para o ano letivo de 2020/21, também anteciparam, em cinco anos, à semelhança do ocorrido com o ensino básico (ensino regular), os objetivos preconizados para o ano letivo de 2025/26 (meta)."
"Em síntese, conclui-se que, de um modo geral, as metas do ProSucesso definidas para o ano letivo de 2025/26 já foram atingidas no ano letivo de 2019/20."
Para bom entendedor, meia palavra basta.