A campanha é digital e televisiva, porque o vírus é real.
Quinta-feira teve lugar o debate entre António Costa e Rui Rio. Foi um debate mais longo, transmitido em vários canais noticiosos e com jornalistas de três televisões.
Ficou-se a saber que ainda não se sabe se Rio, sem maioria absoluta, preferirá alianças à direita ou o apoio a um governo minoritário do PS. A maneira risonha como se comportou nesses debates à direita, inclusive com o Chega, deixa fundadas dúvidas - até porque Ventura parece que já diz que pode colaborar sem entrar.
Rio está preocupado com o salário... médio. Diz que o mesmo está quase esmagado pelos aumentos do salário mínimo, o que, sendo verdade, carece de solução...Costa entende que a mesma passará pelo aumento dos salários em geral, de resto aproximando também aqui o País da média da EU, em termos de relação salários e peso no respetivo PIB.
Costa também explicou que o aumento da carga fiscal tem a ver, objetivamente, com o aumento do... emprego: estando as taxas pagas à SS, como a TSU, incluídas nesse conceito, o simples aumento quantitativo do número de trabalhadores empregados faz aumentar a respetiva receita.
Tendencialmente gratuito é o nosso SNS, por determinação constitucional. Tal visa garantir a existência de um SNS como sistema universal e de qualidade. A substituição manhosa de tal imperativo constitucional por uma formulação negativa de que ninguém ficará sem acesso ao SNS por insuficiência de meios económicos, abre a porta a que alguns poderão ter de pagar, e assim optar por outros sistemas, desvirtuando o SNS, no limite como o sistema dos "pobres". Daí que o projeto de revisão constitucional que Rio apadrinhou seja verdadeiramente perigoso. Tal opção, se ganhar foros de constitucionalidade será interpretada objetivamente e não segundo as presuntivas e pias intenções de Rio!