Desde há alguns meses, o Serviço Regional de Saúde vem vivendo momentos, que nunca pensei ver acontecer.
Para lá de uma absoluta falta de jeito para lidar com problemas, o desrespeito que tem vindo a ser demonstrado, é de tal forma atroz, que quem tem competências para tratar do assunto, se esqueceu de que agindo atabalhoadamente, estava a pôr tudo em causa, inclusive aquilo que é mais importante: a confiança e a segurança dos açorianos.
Não é de todo avisado vir para a comunicação social fazer anúncios de resolução de problemas, que acabam por não estar resolvidos, ou falar dezenas de vezes da importância do diálogo, da humildade democrática e da transparência, quando toda a gente já percebeu, que nem sequer conseguem dialogar uns com os outros, no Governo, mercê do equilíbrio de vaidades, a que estão obrigados.
Todavia, e tal como diz o ditado: “Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele”, pelo que aquilo que se exige é que o problema se resolva, porque aqui fora, fora dos palácios e das promessas para isto e para aquilo, há um Povo inteiro à espera de soluções rápidas e eficazes!
Pessoas que não têm culpa que os membros do Governo decidam concorrer uns com os outros; pessoas que não têm culpa da situação caótica a que têm conduzido o Serviço Regional de Saúde, mantendo uma situação insustentável, sobretudo, no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), para contentar uns poucos, em desfavor de todos os outros.
Basta lembrar a este propósito, que enquanto muitos alertavam para a situação no HDES, não faltaram “romarias” ao Hospital, por parte daqueles que suportam esta solução governativa, para – enquanto elogiavam o desempenho do Conselho de Administração – criticarem quem alertava para a situação. Foram vários os alertas e durante muito tempo. O que é que fizeram? Ignoraram.
Chega de brincar com a saúde. Haja respeito!