Chegados a meio desta legislatura não restam, nem podem restar, dúvidas para os Açorianos: estamos a ser liderados por um Governo que insiste em continuar alheado da realidade que se vive nas nossas ilhas.

Se não vejamos:

Perante os consecutivos alertas do PS/Açores, desde o final do ano passado, de que os instrumentos que a Região tinha à sua disposição para este ano, não davam a mínima resposta àquilo que se previa que ia acontecer, o Governo fez ouvidos de mercador e optou por baixar os braços.

Mesmo quando confrontados com o súbito aumento da inflação e alertados, a esse propósito, para a necessidade de se adotarem medidas que pudessem ajudar as famílias e as empresas a ultrapassar a situação, uma vez mais, o Governo Regional nada fez e aguardou que o Governo da República apresentasse – e bem – medidas que abrangessem, também, os Açorianos. Aliás, este apoio da República volta a ser reforçado ainda este mês de dezembro, reconhecendo assim a realidade em que estamos emersos.

Mesmo quando apresentámos, em nome do Partido Socialista, um Plano de Emergência Social e Económica dos Açores, no valor de 46 milhões de euros, este Governo, de novo, nada fez e optou por, em conjunto com os seus parceiros de coligação, rejeitar uma proposta que permitiria apoiar famílias e empresas, neste contexto tão desafiante.

Mas, se ainda não estivesse alheado o suficiente das dificuldades que já se fazem sentir e que de acordo com todas as previsões ainda se irão agravar em 2023, este Governo conduziu a Região a um novo máximo histórico, ao aumentar a dívida pública da Região para quase 660 milhões de euros.

Para este Governo, todas as suas más ações são fruto da herança deixada pelo Partido Socialista, o que revela, por si só, que continuam alheados da realidade Açoriana, mas, importa lembrar os mais esquecidos deste Governo que eles próprios já ali estão há dois anos.

Da parte do Partido Socialista, sempre estivemos, estamos e estaremos ao lado das Açorianas e Açorianos, procurando soluções para os problemas reais e apresentando-as, mesmo que esta coligação de direita insista em continuar a chumbá-las.

Em 2023, ano que se aproxima a passos largos, os desafios serão imensos. Teremos de estar preparados para o que aí possa vir.

Até lá, e, não obstante voltar à vossa presença na próxima semana, aproveito, desde já, para vos expressar os meus sinceros votos de um Feliz Natal!