Na semana passada celebrou-se o Dia da Liberdade e esta semana celebrou-se o Dia do Trabalhador.

Curiosamente, uma data que os tais derrotados de abril não gostam muito de celebrar e também não gostam muito que outros celebrem.

Este dia, salvo algumas exceções, é celebrado por todo o mundo e não é por acaso que se celebra no dia 1 de maio. Foram alguns fatos históricos que tornaram esta data uma referência da luta e da reivindicação de melhores condições para todas as pessoas que trabalham.

O primeiro fato histórico faz-nos recuar até 1886 quando aconteceu a primeira grande manifestação de trabalhadores na cidade de Chicago, nos EUA. Dois anos antes, estes mesmos trabalhadores iniciaram um processo de reivindicação para a redução da jornada de trabalho das dezassete para as oito horas diárias.

Outros acontecimentos foram surgindo, mas a verdade é que a alusão a esta data foi sendo a referência para a luta laboral.

Tal como a liberdade, a verdade é que estas batalhas serão sempre eternas. Reivindicar melhores salários, melhores condições de trabalho e uma melhor relação entre a vida laboral e a vida pessoal deverá ser sempre um desígnio dos trabalhadores, mas também dos empregadores.

Não há boas organizações sem bons colaboradores e as boas organizações serão sempre aquelas que reconhecem o valor e o contributo dos seus colaboradores.

Por tudo isso é impossível, numa altura como esta, não salientar a entrada em vigor da Agenda do Trabalho Digno como um fato histórico muito relevante para esta luta que todos devemos travar também no nosso País.

(Crónica escrita para Rádio)