De um ano para o outro, a maior ilha da Região viu reduzir 126 milhões de euros no Plano de Investimentos. O Porto de Ponta Delgada acumula problemas de operacionalidade e, por mais do que uma vez, navios de mercadorias esperaram dias ao largo para atracar. No setor primário, o rendimento líquido dos produtores de leite baixa e os custos de produção aumentam. Os pescadores desesperam com um governo que nem copiar o regime de compensação aos sobrecustos de energia e matérias-primas se mostra capaz de fazer. Na Saúde, para além da notória degradação da infraestrutura, o HDES é terreno fértil para as lutas de poder na coligação. No setor privado, aos atrasos irrecuperáveis na operacionalização de um sistema de incentivos, somam-se os atrasos nos pagamentos aos fornecedores. Nos transportes terrestres e marítimos, anda-se de estudo em estudo para que, no final, tudo fique na mesma. No emprego, acaba-se com os programas operacionais e, em alternativa, oferece-se uma mão cheia de nada. No meio de tudo isto, e para disfarçar a incapacidade, o Governo faz voz grossa e lança-se num exercício desenfreado de passa-culpas. E que tal se governassem melhor e se queixassem menos?