A notícia veiculada sobre a redução de voos pela Ryanair, já no próximo Inverno IATA, fez soar campainhas. Com uma quebra de 60% da operação nos Açores, os empresários do setor antecipam uma diminuição significativa da atividade.
E isto ocorre após anos de aposta no turismo dos Açores, com o investimento, público e privado, a dotar a região de uma oferta adequada aos fluxos de turistas que procuram os Açores. A procura continuará a existir, mas ter voos será, cada vez mais, difícil. E a oferta criada? E o número de camas que cresceu muito significativamente desde a liberalização do mercado? E as empresas criadas para servir o setor do turismo, seja de forma direta ou indireta? E o emprego?
Em simultâneo, assistimos à privatização da SATA em moldes que em nada podem tranquilizar os açorianos. De 30 interessados passamos para 2, sem qualquer salvaguarda dos interesses da Região. Estratégia? A do desastre. Suprimiram os encaminhamentos com impactos consideráveis para as ilhas de menor dimensão e economias mais frágeis. Com este cenário, como ficam os Açores? Perdemos o voo!