Em apenas três anos, a ilha de São Miguel deixou de ter transporte marítimo de passageiros e prepara-se, agora, para deixar de ter uma base da companhia aérea Ryanair. Regredimos brutalmente em menos de uma legislatura e, quer em termos de mobilidade, quer em vários outros domínios, estamos hoje piores do que quando este Governo tomou posse. É o caso das finanças públicas que não só agravaram défice e dívida como estrangulam, com atrasos e promessas por cumprir, fornecedores, IPSS, associações, agremiações, enfim, a generalidade dos agentes sociais e económicos. É, ainda, o caso das autarquias a quem o Governo recorrentemente faz “ouvidos de mercador” sem sequer marcar presença, em momentos de dificuldades, como devia - e era hábito -, como infelizmente se viu na Povoação e, há dias, nos Remédios da Bretanha. O dinheiro falta para pagar a fornecedores e para garantir investimentos estratégicos, mas, pelos vistos, sobra para a propaganda como se nota, abundantemente, nos vídeos laudatórios que o Governo espalha generosamente pelas redes sociais. Pior do que a humidade que afeta (quase) todos por igual, é um governo em modo de campanha que há muito desistiu de governar.