Nos idos de outubro, apesar da fragmentação da Direita regional remontar a março (teme os Idos de março, alertava o Bardo), o Secretário das Finanças, questionado se haveria endividamento com a anteproposta de Plano e Orçamento, respondia, gastando todo o seu latir: Ceteris paribus não há endividamento líquido. Ceteris paribus quer dizer, tudo o resto constante, não prevemos novo endividamento (...) e ceteris paribus, assim será.
Deixando de parte (e que grande parte!) o endividamento, que com a coligação Bolieiro/Lima/Estevão ou, na versão Taskmaster, para desanuviar dos latinismos, com a tripla Bolimão, aumentou, entre 2021 e 2023, 921 milhões de euros, ou seja, um milhão por cada dia de desgovernação da Região, recupero o ensinamento de Duarte Freitas numa tentativa de explicar em Latim aquilo que em bom Português a coligação PSD/CDS/PPM ou, na versão Taskmaster, a coligação do PPD/PSD, pois CDS e PPM, apesar de loucos por grandezas ão, citando Pessoa, cadáver adiado que procria, finge não compreender: O orçamento nãofoi chumbado pelo sentido de voto do PS/Açores, mas sim pela alteração do sentido de voto, à direita, deCH, IL e PAN, instigada pela arrogância, dita humilde, com que a Coligação destratou os seus antigos parceiros, formais e informais, de incidência parlamentar.
Poupando no latim e na paciência, perante o voto do PS/Açores e do Bloco, tivesse a Direita, que corresponde ao resto, mantido o sentido de voto do orçamento de 2023 e não haveria chumbo, ceteris paribus, assim seria, mas não foi, à Direita tudo foi ceteris diversis, por responsabilidade exclusiva da Coligação, o que resultou no 1.º orçamento chumbado da Autonomia, caso para o GRA publicar um post à maneira, chapando a feição do governante que queira com a frase: Governação de Primeira!