O Governo da coligação acabou de levar uma advertência da Comissão Nacional de Eleições por ser suspeito do crime de violação do dever de imparcialidade e de neutralidade, circunstância que será também investigada pelo Ministério Público. A notícia, divulgada pelo Expresso, dá ainda conta de que o Governo foi avisado para que “se abstenha, no futuro e até ao final do processo eleitoral, de proferir declarações, assumir posições ou praticar atos que, direta ou indiretamente, favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outras, ou que de qualquer modo ponham em causa o cumprimento dos deveres de neutralidade e imparcialidade a que está obrigado”. Este é mais um exemplo que reforça a convicção de que este governo é o campeão dos auto-elogios. Depois da autoproclamada humildade democrática – que chocou de frente com uma prática governativa autocentrada e preocupada com a sua própria sobrevivência - veio o discurso da ética que, como se vê agora, é desmentida de modo flagrante pela CNE. Agora, como dantes, quando tudo o resto falha, a culpa é de todos menos do “presidente amigo” e, pelo que se lê no AO, “jovem leopardo”.   
Feliz 2024 para todos