Estamos em plena campanha para as eleições legislativas nacionais. Marcelo voltou a dissolver, e parece ter-lhe tomado o gosto. Não há parlamento em solo pátrio que lhe escape, como se fora o árbitro de todos os sistemas - aliás, a intromissão de Belém no equilíbrio de poderes das Autonomias, de forma inédita e parcial, merecerá melhor desenvolvimento...
Nestas eleições, o entendimento sobre os poderes, teóricos e fácticos, das Autonomias, o exercício das competências do Estado aqui, arcando Lisboa também com deseconomias e sobrecustos (da insularidade, pois claro!), bem como uma efetiva participação da Região no acompanhamento das consequências da aplicaçãolocal dos Tratados internacionais, como o "das Lajes" - são matérias de relevante interesse e práticas consequências, a sopesar necessariamente.
O acompanhamento e intervenção em matéria laboral adquire aqui enorme relevância. Nessa matéria, como bem tem lembrado Sérgio Ávila, a iniciativa liderante e propositiva do PS-Açores junto da República é antiga, coerente e muito significativa nas suas consequências e efeitos: relembre-se a aprovação, no Parlamento Nacional, duma pensão especial para estes trabalhadores, que tem valido a centenas de açorianos objeto de redução objetiva da força laboral portuguesa nas Lajes, mantendo a paz social e alavancando a economia regional - e cuja última intervenção legislativa, por influência dos deputados socialistas açorianos, levou à anulação prática, sob uma parte dessas pensões e respetivos beneficiários, dos efeitos do famigerado fator de sustentabilidade!
É por isso que a memória nos obriga a escolher bem entre o líder parlamentar de Passos, agora numa versão politiqueira do "perdoa-me", e aqueles que têm provas dadas em defesa da Autonomia e dos Açorianos!