Os Açorianos desde 27 de setembro estão sujeitos a pagar mais de 134 € (99 € os estudantes) por uma viagem de ida e volta do arquipélago para o continente, fruto de uma decisão do Governo da República do PSD/CDS-PP/PPM que fixou um custo elegível máximo de 600€ para o subsídio social de mobilidade.
Os 22 dias de vigência da Portaria que fixou o teto têm sido penosos, são incontáveis os relatos do caos nas estações dos correios decorrentes, num primeiro momento, de dúvidas fundadas em relação à Portaria, que foi, sem qualquer cautela, publicada num dia para ser aplicada no seguinte, e num segundo momento, da suspensão do pagamento do subsídio por parte dos CTT, são igualmente inúmeros os casos de estudantes que tendo adquirido uma passagem antes de 27 de setembro para ir para a faculdade se veem agora forçados a regressar no natal sem mala, ou no pior dos casos, sem a mala e com um custo na bagagem, não de 99 € como era no passado, mas sim de 150, 200, 250 € e por aí além..., uma bela prenda para os jovens e para as suas famílias.
O Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM, composto exatamente pela mesma troika partidária que governa na República, apressou-se, no dia da publicação da portaria, em vir afirmar ser "frontalmente contra a definição de um custo elegível máximo", acontece que esta semana ficamos a saber que o GRA, em momento anterior à assinatura da portaria pelo Ministro, tinha já conhecimento do seu teor, ou seja, o Governo Regional podia ter manifestado publicamente a sua posição ainda antes do erro ter sido cometido, não o tendo feito, a posição assumida, foi apenas e só o velho truque de chorar sobre um leite que já sabia que ia ser derramado, e isso, em nada contribui para a defesa dos interesses dos açorianos, são apenas subsídios para a sua imobilidade.
A síntese política de todo este imbróglio é simples: Enquanto o PS foi governo na República nenhum açoriano pagou mais de 134 €. Ponto, final, parágrafo!