Opinião

Falhas e Equívocos

Com este artigo de opinião, volto (com muito gosto) a uma colaboração no jornal Açoriano Oriental, aonde espero poder contribuir para um debate esclarecedor. Dito isto, escolhi como tema do meu primeiro artigo: o Orçamento de Estado para 2025, o qual, apresenta muitas falhas e alguns equívocos em relação aos Açores. 

Na verdade, este Orçamento deixa cair um conjunto de verbas, que até agora estavam alocadas à Região, para além de excluir, sem dó nem agravo, uma série de compromissos políticos, que não há muito tempo, eram motivo suficiente para levar os deputados do PSD/Açores, na República, a votar contra os Orçamentos de responsabilidade socialista.

Já sei que virão dizer-me e apontar-me as publicações no Diário da República, mais as declarações da senhora Ministra do Ambiente, na ilha das Flores, no passado fim-de-semana, mas a verdade, à parte de todas essas questiúnculas políticas com que alguns partidos infernizam a vida dos cidadãos, é que umas e outras, não passam de intenções. Ora, de boas intenções, diz o célebre dito popular, está o inferno cheio.

Não fico descansado, quando não vejo nada sobre a reabilitação e reconstrução do HDES; não fico descansado, quando não vejo nada sobre a ampliação do aeroporto da Horta; sobre a descontaminação dos solos e aquíferos da Terceira. Não fico descansado, quando não vejo nada sobre investimentos públicos na Região, quando ainda há dias foi pública a queda de um teto no edifício da Alfândega, em Ponta Delgada!

Não fico descansado, quando percebo que não fizeram nada do que o PS propôs que fosse feito, e estava inclusivamente inscrito no último Orçamento, sobre a Cadeia de Ponta Delgada, ignorando a norma que determinava que fossem encontrados espaços alternativos, enquanto não fosse concretizada à obra!

Acho (mesmo) inacreditável que os mesmos que há 8 meses diziam ser “flagrante e inaceitável” esperar por 2027 para ter pronta a Cadeia de Ponta Delgada, estejam agora contentes e satisfeitos com a escolha.

Da mesma forma, que parecem estar contentes e satisfeitos, com a trapalhada que tem sido a atribuição do subsídio social de mobilidade, quando prometeram simplificá-lo e garantir que os açorianos não pagavam mais.

Não fico descansado. Pelo que o meu compromisso é lutar para que os Açores sejam respeitados e incluídos (de facto) no Orçamento de Estado para 2025, sem falhas e sem equívocos.