Opinião

Presentes de Natal

Só volto a escrever nestas páginas no próximo ano, facto que para alguns leitores é por si só, já uma prenda, pois só lá para 2025 é que vão voltar a cruzar o olhar com os textos deste atamancado cronista e com sorte, atendendo aos excessos da quadra festiva, ainda apanho uma qualquer doença tropical, porque este clima "copacabanico" não está para gripes, e só em fevereiro é que volto a estas lides, o que até por mim seria considerado uma prenda para as falangetas.

Assim sendo, sinto-me impelido pelos dois espíritos que mais assolam quem escreve nestas semanas, o natalício e o do novel ano, a deixar aqui, de forma rápida para presentear também quem tem de fechar o jornal esta sexta-feira e quer ir para casa para junto da sua família, prendas que são desejos ou desejos que são prendas, para contentar em simultâneo estes dois espíritos que me importunam.

Não vou, como já vi escrito num destes dias, após o folclore coligatório da shortlist, pedir ao Pai Natal que ganhe uma qualquer Câmara Municipal, até porque este escriba acredita no Partido Socialista para o fazer, o que é distinto de acreditar no Pai Natal, apesar das opiniões diversas dos nossos Grinch's autonómicos que tratam os idosos como os "velhinhos pensionistas", o que está a meio passo em matéria de desprezo do termo "criancinhas RSI", mas ao mesmo nível de jaguncismo de negar que existem Açorianos que para passar o Natal com a família tiveram de comprar passagens de valor superior a 600€.

Limpo o fígado, pressuposto essencial para abrir o coração, como me exigem estes dois espíritos que me atormentam, presenteio com um pedido de desculpa quem, ao longo do ano, se tenha sentido ofendido por esta coluna, deixando como desejo para 2025 que o meu mau fígado continue a gerar crónicas.