Carlos César e Paulo Casaca foram unânimes em considerar que a vitória expressiva do PS nas Europeias, na Região, resultou da apreciação positiva da governação socialista e pressagia um resultado ainda melhor em Outubro.
O Presidente do PS-Açores, Carlos César, considerou ontem que a vitória folgada averbada ontem nas eleições para o Parlamento Europeu manifesta também a confiança dos açorianos na governação socialista na Região. Passavam poucos minutos das 22h00, quando o líder do PS-Açores falou à comunicação social e aos dirigentes e militantes que enchiam a sede do Partido, em Ponta Delgada, realçando o facto de nestas eleições – as primeiras em que os socialistas enfrentaram a recém constituída coligação que junta o PSD e o CDS/PP – o PS ter obtido, nos Açores, “uma votação claramente superior à média nacional”, que superou todas as sondagens antes publicadas.
Carlos César considerou também que o resultado agora obtido, que, como notou, manifesta, à semelhança do que aconteceu em todos os outros países e regiões europeias, a opinião pública sobre os seus governos, permite prever uma vitória expressiva do PS-Açores nas Regionais de Outubro próximo.
“Sei que [as Europeias e as Regionais] são eleições naturalmente diferentes. Mas eu tenho a mesma opinião da mandatária regional da Coligação nestas eleições. Como ela escreveu, eu também penso que, em relação a estes resultados, a mudança passava por aqui”, referiu o líder dos socialistas açorianos na sua intervenção.
Na altura, o Presidente do PS-Açores congratulou também os dois deputados açorianos eleitos para o Parlamento Europeu, saudou todos os outros partidos que participaram nestas eleições “que procuraram fomentar o exercício da democracia e atrair o voto de todos os açorianos”, deu os parabéns a Ferro Rodrigues e aos dirigentes nacionais do Partido e não esqueceu Sousa Franco.
“Não posso deixar de evocar neste momento a memória do Prof. Sousa Franco, que transmitiu a esta campanha eleitoral uma genuinidade e um vigor que nós não podemos esquecer e que constituirá para nós, certamente, uma lição de vida e uma lição de participação cívica que procuraremos aproveitar e seguir no futuro”, disse Carlos César.
Nos Açores, o PS-Açores acabou por arrecadar 49,31 por cento dos votos, deixando a uma distância considerável a Coligação de Direita, que não Região não conseguiu mais do que 40,95 por cento.
Um resultado que Paulo Casaca, que usou da palavra depois de Carlos César, considerou histórico, uma vez que o PS nunca havia obtido quase mais nove pontos percentuais do que todas as forças políticas da Direita. Numa altura em que faltavam apenas apurar duas freguesias, o candidato do PS-Açores ao Parlamento Europeu realçou que “devemos estar muito perto do maior resultado que alguma vez já alcançámos nos Açores” e que o score obtido pela “Força Portugal” na Região foi um “resultado pior que a soma desses dois partidos alguma vez já alcançou em quase trinta anos de democracia que nós já temos.”
Números que, também segundo Paulo Casaca, “são concludentes sobre a apreciação que os açorianos fazem do Partido Socialista”, uma vez que, como considerou, “é óbvio que, também nos Açores, como em qualquer outra parte da Europa, esteve também em julgamento aquilo que tem sido a governação da Região.”
Paulo Casaca aproveitou ainda a oportunidade para agradecer a toda a estrutura regional do Partido Socialista, “de Santa Maria ao Corvo”, e em especial ao Presidente, “o excelente trabalho, a presença e o apoio constantes.”
O deputado europeu socialista lembrou também o Prof. Sousa Franco, “uma pessoa absolutamente inexcedível, de uma competência e de uma entrega raras”, que foi uma das personalidades nacionais que melhor compreendeu os problemas dos Açores e que mais ajudou a Região.