O Presidente do PS-Açores e presidente do Governo Regional, Carlos César, disse hoje aos jornalistas que a solução escolhida pelo Presidente da República para pôr fim à crise política originada pela demissão do Primeiro-Ministro Durão Barroso, não é, no seu entender, a que mais beneficia “a transparência política, a legitimidade e a credibilidade das nossas instituições”.
No entanto, Carlos César admitiu que, apesar de se ter decidido “por uma solução operativa diferente”, o Presidente da República teve o mesmo tipo de preocupações e fez votos para que ele “tenha razão e que tudo corra bem”, uma vez que o País precisa de um Governo “que assegure a recuperação económica e financeira e de um grande envolvimento dos Portugueses”.
O Presidente dos socialistas dos Açores fez também um apelo aos dirigentes nacionais do Partido Socialista no sentido de “usarem da maior sensatez no comentário a esta situação”, realçando que “o doutor Jorge Sampaio, como personalidade política, integra o que de melhor e mais qualificado há do património, do combate, de convicções e de sucesso do Partido Socialista na sociedade portuguesa e esse património não pode ser alienado por declarações menos avisadas, intempestivas ou precipitadas”.
Carlos César reiterou ainda a postura do Governo Regional que chefia em colaborar com o Governo da República, “qualquer que seja o Primeiro-Ministro”, mas avisou que esse relacionamento será pautado sempre “pela defesa dos interesses dos Açores em primeiro lugar”.