O líder do grupo parlamentar do Partido Socialista na Assembleia Legislativa dos Açores destacou hoje a coerência do partido no processo que conduziu à aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores e realçou capacidade de influência política nacional de Carlos César.
“Num momento em que o Grupo Parlamentar do PS/Açores se congratula com a aprovação desta verdadeira Carta Autonómica, importa salientar a coerência que sempre mantivemos desde o primeiro ao último dia deste processo”, afirmou Hélder Silva, em conferência de imprensa, na cidade da Horta.
O deputado socialista disse que o novo Estatuto dos Açores constitui o “maior avanço alguma vez observado pelo sistema autonómico”, apesar de reconhecer que “não foi uma caminhada fácil”.
No encontro com os jornalistas na Assembleia Legislativa dos Açores, Hélder Silva destacou, ainda, a “sintonia de opinião” entre o PS/Açores e o partido a nível nacional, o que evidenciou a “reconhecida capacidade de influência política de Carlos César e a sua utilização constante na defesa dos interesses da região”.
O presidente do grupo parlamentar socialista fez, também, questão de rejeitar algumas declarações que tentaram descortinar um braço-de-ferro com a Presidência da República, “mais numa tentativa de esconder as suas próprias incongruências neste processo do que oferecer um contributo válido para a aprovação final do Estatuto”.
“É, claramente, o caso do PSD, que não perdeu tempo em cumprir a ameaça e já anunciou que vai pedir a fiscalização sucessiva do artigo 114º do diploma”, disse Hélder Silva, para quem os sociais-democratas parecem, assim, apostados em “continuar a meter areia na engrenagem deste processo, esquecendo o seu próprio passado autonomista, aliás cada vez mais esvanecido”.
Na mesma conferência de imprensa, o líder parlamentar do PS/Açores salientou, também, a “incapacidade” de Berta Cabral, presidente do PSD/Açores, para influenciar o seu partido a nível nacional, que acabou por se abster num dos mais importantes documentos para a Autonomia alguma vez votados na Assembleia da República.
“O PSD de Berta Cabral e Manuela Ferreira Leite terminou isolado numa importante aprovação para os Açores e para o País que, não obstante as dúvidas suscitadas, acabou por contar com o apoio de três outras forças políticas, apoio que foi fundamental à aprovação por maioria de dois terços, necessária para que se terminassem com quaisquer dúvidas sobre a legitimidade deste novo Estatuto Político-Administrativo”, afirmou Hélder Silva.
O presidente da bancada socialista conclui que, agora, os Açores possuem um Estatuto Político-Administrativo que permite “fazer mais e melhor pelo progresso” das ilhas, “com menos dúvidas e sobressaltos”.