“Tem sido recorrente, em determinados momentos, que alguns partidos, falem em asfixia democrática, em falta de democracia, em falta de oxigénio democrático ou em desrespeito pela democracia.
Quero afirmar que o Partido Socialista dos Açores refuta todas essas críticas e não admite que se ponha em causa a nossa história e o nosso património na defesa da democracia e do respeito pela oposição”, afirmou Berto Messias.
Numa questão suscitada pelo CDS/PP, depois da Declaração Política do PPM, o Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores referiu que “o CDS-PP deveria ser o último a fazer este tipo de acusações, ainda por cima associado ao PPM, porque já por diversas vezes sentamo-nos à mesa, negociámos, conversámos e promovemos consensos, aprovando propostas que julgamos pertinentes e exequíveis para os Açores”.
“Nós nunca nos acomodámos na maioria confortável que temos e que nos foi conferida pelos Açorianos. Apesar dessa maioria sempre tivemos a humildade de construir consensos a bem dos Açores”, defendeu Messias.
“O PS tem uma história e um passado que fala por si, na defesa da democracia e da liberdade.
Afirmo-o com a autoridade moral e política de quem representa um partido que se autolimitou quando inscreveu na revisão do Estatuto Político-Administrativo uma norma que limita os mandatos de Presidente do Governo, de um partido que propôs e aprovou uma Lei Eleitoral que permitiu um Parlamento mais plural e com mais partidos, de um partido que propôs e aprovou o regimento mais democrático do pais e que garante mais respeito pelos Partidos da oposição, sendo um dos principais responsáveis por esse regimento o atual Presidente do Governo, líder parlamentar na altura da sua discussão”, defendeu Messias.
O líder parlamentar do PS Açores referiu ainda que “além das relações interpartidárias é justo ainda referir o trabalho de diálogo permanente que o Governo dos Açores tem promovido com os nossos parceiros sociais, com os nossos empresários, com os diversos conselhos consultivos das diversas áreas da governação, que têm tido um papel importante no desenvolvimento de políticas públicas que promovem mais desenvolvimento”.
“Temos, assim, materializado o que defendemos em ações concretas que valorizam a nossa democracia, que nos permitem construir uma região melhor e um futuro melhor”, afirmou Messias.
“Pôr em causa o respeito pela democracia nos Açores é um profundo desrespeito por todas as pessoas que representam os nossos parceiros sociais, que estão sempre disponíveis para dialogar e contribuir para o futuro dos Açores, mas sobretudo um grande desrespeito por aqueles que tiveram de lutar contra a ditadura, muitas vezes pondo a sua vida em risco. Pôr em causa a democracia nos Açores, com mera retórica partidária circunstancial é um enorme desrespeito pelos Açorianos”, defendeu Messias.