“O caso do atum rabilho é paradigmático porque é uma espécie cuja época de captura é definida pela Comissão Internacional de Conservação dos Tunídeos do Atlântico (ICCAT na sigla inglesa) e essa época não corresponde com a passagem deste peixe migratório pelos Açores, impedindo os pescadores açorianos de o capturarem em maior escala; deve por isso ser defendida em Bruxelas uma medida de exceção para a nossa Região”, argumentou Ricardo Serrão Santos.
O candidato do PS/Açores às eleições europeias do próximo dia 25 de Maio falava esta segunda-feira, à margem de uma visita de contato com a comunidade piscatória de Vila Franca do Campo.
Conforme explicou Serrão Santos, “os Açores nunca criaram um histórico e todas as negociações relativas à questão da pesca do atum decorrem nos fóruns internacionais – nomeadamente no ICCAT – que regulam esta atividade através dos históricos das capturas”.
“Há, de facto, que encontrar uma medida de exceção que precisa de ser defendida na Europa e a nível internacional através do ICCAT, que permitisse aos Açores virem a criar um histórico do atum rabilho, permitindo aos pescadores açorianos ampliarem as suas capturas de atum rabilho” frisou o candidato socialista.
Ricardo Serrão Santos salientou que “a pesca do tipo artesanal dos Açores não é prejudicial aos stocks desta espécie”, pelo que há que “continuar a bater-nos por esse aspeto, como aliás, o Governo dos Açores o tem feito ao longo dos anos”.
“Para além do pescado fresco, também as conserveiras dos Açores apresentam uma grande reputação a nível nacional e internacional, constituindo uma atividade económica de grande interesse e importância para a Região, que deve ser mantida e reforçada”, defendeu o candidato do PS, Ricardo Serrão Santos.