PSD sente-se altamente incomodado com melhorias registadas no Setor Público Empresarial Regional

PS Açores - 18 de julho, 2014
Em comunicado, a comissão política regional do PSD/Açores criticou, esta quinta-feira, o vice-presidente do governo regional dos Açores, Sérgio Ávila, relativamente aos resultados das empresas públicas, acusando-o de “camuflar os verdadeiros resultados” e de “contabilidade criativa”. Em primeiro lugar, é imperativo esclarecer que a quase totalidade das empresas públicas tem Revisor Oficial de Contas que verifica e certifica a legalidade e conformidade das contas no que respeita às normas contabilísticas do SNC. Ao fazer uma afirmação deste teor, o PSD/Açores está não só a pôr em causa o profissionalismo e imparcialidade destes profissionais como também se está a colocar numa posição de entidade “supra” avaliadora do cumprimento de normas para as quais não está habilitado para o fazer. Em segundo lugar, não existem resultados supostamente positivos. Os resultados ou são positivos, ou são nulos, ou são negativos. Ao contrário do PSD/A, não ignoramos o contexto de dificuldades que, nos últimos anos, tem afectado as famílias e as empresas açorianas, resultado, aliás, dos efeitos da crise internacional e nacional que levou Portugal – e vários outros países – a recorrerem a um programa de ajustamento financeiro. É, nestas circunstâncias, que o Governo dos Açores tem implementado dezenas de medidas para atenuar os efeitos da política de empobrecimento levada ao extremo pelo Governo do PSD na República. O PS/Açores não espera elogios por parte do maior partido da oposição. No entanto, não é compreensível que o PSD/A fique incomodado com: - o aumento de 55 milhões de euros nos resultados líquidos dos três hospitais; - a melhoria dos resultado líquidos da Saudaçor em 11%; - a primazia dada às parcerias/artistas locais e aumento do número de espetadores em cerca de 6% do Teatro Micaelense; - o decréscimo da 5% no endividamento bancário e uma redução de 53% de Dívidas a Fornecedores do IROA; - a redução de 5,2% da Dívida Financeira da Ilhas de Valor; - a redução de 72,4% da Dívida a Fornecedores da SPRHI; - a redução de 11,1% da Dívida a Fornecedores da Lotaçor; - o reconhecimento da qualidade dos produtos da Santa Catarina com o aumento de vendas de 15,5%. Ora, no atual contexto de adversidade, não reconhecer essas melhorias, por mero interesse político partidário, constitui, mais uma vez, o exemplo do estilo de oposição que caracteriza a atual liderança do PSD/Açores que, infelizmente, continua apostada na lógica do “quanto pior, melhor” mesmo que isso signifique não reconhecer o esforço e o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores e pelas empresas açorianas. É de lamentar que o PSD/AÇORES não compartilhe desta visão, mantendo uma atitude pessimista e derrotista em relação às empresas do setor público regional – que recorde-se são património de todas as açorianas e de todos os açorianos - , mesmo quando estas apresentam melhorias e sinais de recuperação.