“Os pressupostos que o Governo dos Açores sempre assumiu, no que toca às Obrigações de Serviço Público para as ligações aéreas entre os Açores e o continente foram sempre os de flexibilizar o modelo de transportes existente, protegendo o passageiro residente independentemente do sua ilha de proveniência”, lembrou Francisco César.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS falava esta terça-feira, na cidade da Horta.
Francisco César recordou que “o Partido Socialista sempre definiu que a flexibilização do nosso modelo de transportes aéreos era permitir que mais companhias aéreas voassem para os Açores, que o mercado se tornasse mais competitivo e com isso trazendo mais fluxos turísticos, mas protegendo sempre o passageiro, sempre o residente. Foi este o pressuposto da negociação com o Governo da República, que nada respondeu durante muitos meses”.
Francisco César lamentou que o “líder do PSD/Açores tenha enviado um comunicado para a comunicação social, alguns minutos antes do anúncio do Presidente do Governo dos Açores sobre novas Obrigações de Serviço Público”, tentando “colocar-se num retrato de que claramente não fazia parte”, inclusivamente, sendo “deselegante com o seu parceiro de coligação”.
“O PS/Açores não tem vergonha de afirmar publicamente que foi o Ministro da Economia do CDS-PP o único membro do Governo da República que foi sempre sensível, nas reuniões com o Governo Regional, às pretensões da nossa Região. Por outro lado, as únicas preocupações do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações – do PSD – pareciam ser: liberalizar, liberalizar, liberalizar”, afirmou o deputado socialista.
“Nós negociámos com o Governo da República, apresentámos propostas, evoluímos a nossa posição de forma a que ela fosse compatível com aquilo que o Governo da República estava disposto a abdicar. E com isso obtivemos uma vitória. Obtivemos a flexibilização de um modelo e a proteção do passageiro residente, independentemente da ilha em que ele reside. Nós temos orgulho nesse trabalho, orgulhamo-nos de sempre – desde 1996 – ter vindo a evoluir o modelo de transporte aéreo. Um transporte aéreo onde a passagem tem vindo a diminuir progressivamente, onde as acessibilidades dos residentes têm vindo a aumentar e onde os passageiros, independentemente da sua ilha de origem, não saem prejudicados”, explicou o socialista.
“Pena é que a oposição esteja sempre tão predisposta a criticar o Governo dos Açores por tudo e por nada, que quando o Executivo Regional consegue uma vitória lá fora, timidamente nos deem os parabéns e imediatamente se metam na fotografia, a reclamar vitórias”, lamentou Francisco César.