“O princípio da iniciativa do PCP para reduzir a fatura energética aos Açorianos em 10% é louvável, mas é uma má proposta de Esquerda, porque não beneficia porque não diferencia os beneficiários das medidas”, considerou Miguel Costa.
O Vice-Presidente falava esta sexta-feira, no Parlamento Açoriano, na cidade da Horta.
Miguel Costa lembrou que “o preço que se paga nos Açores pela eletricidade não dá sequer para pagar os combustíveis necessários para a sua geração”, destacando que a aprovar esta medida, estaríamos a “pôr em risco a solidariedade do Estado, que garante uma redução substancial na fatura energética nos Açores; o que poderia levar a preços muito mais elevados na fatura elétrica para todos os Açorianos, no futuro”.
Miguel Costa classificou a proposta como “reincidente” e estranha que o PCP “insista em bater nesta mesma tecla, não trazendo nada de novo”, até porque “os pressupostos que se verificaram no ano passado são os mesmos que se verificam este ano”.
O deputado socialista lembrou que já existem medidas em vigor, nomeadamente “uma taxa específica como o Apoio Social Extraordinário ao Consumo de Energia, que garante descontos superiores aquele que é proposto pelo PCP, fazendo uma discriminação positiva a favor dos que mais precisam”.
“Embora louvável no seu intuito primeiro, esta é uma má proposta de Esquerda, injusta, que não descrimina positivamente os mais desfavorecidos e sendo assim, não merece a aprovação do Grupo Parlamentar do Partido Socialista”, frisou Miguel Costa.