“Estimando-se que o impacto que a redução significativa da presença norte-americana militar e civil na Base das Lajes levará a uma queda no PIB do concelho da Praia da Vitória até aos 30 % e na Terceira até aos 10%, torna-se urgente tomar medidas que promovam uma dinamização da economia local e um novo fôlego para a economia da ilha, até agora bastante dependente da presença dos EUA. Com a proposta de isentar do pagamento de taxas às indústrias a instalar na ilha Terceira durante os próximos cinco anos, pretende o Governo dos Açores gerar postos de trabalho, promover o emprego e a empregabilidade”, defendeu Nuno Meneses.
O deputado socialista falava esta quarta-feira, no plenário regional que decorre na cidade da Horta.
Nuno Meneses reconheceu os esforços diplomáticos do Governo da República e do Governo dos Açores, mas realçou que o executivo regional “escudou-se, preparando o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT) ao longo dos últimos dois anos”, um “amplo documento reivindicativo” que é “fundamental, para amenizar o impacto negativo da decisão norte-americana”.
Para Nuno Meneses, a “prioridade das prioridades” está em “defender os trabalhadores portugueses, as famílias que ali trabalham, garantir a sua proteção social, e procurar minimizar os impactos económicos e sociais na Praia da Vitória e na ilha Terceira, não só decorrentes dos postos de trabalho que acabam, mas também de todos os empregos indiretos que ficam em risco”.
O deputado socialista destacou que o Governo dos Açores já manifestou o seu “grande empenho” em “valorizar e potenciar as infraestruturas existentes, em conjugação com o incentivo à criação de empresas e de emprego na Ilha Terceira”, mas lembrou que também “o Governo da República e o Governo dos Estados Unidos da América também terão de assumir o seu papel”.
“Da parte do Governo dos Açores, há o compromisso de assumir a sua responsabilidade e de fazer a sua parte. Se todos cumprirem os desígnios indicados no PREIT, não tenho dúvidas de que estaremos a contribuir para se dar um pontapé nesta fase de incerteza e de grande angústia para a Terceira e para os Açores”, salientou Nuno Meneses.