“União Europeia deve ter atenção especial aos pescadores dos Açores”, defendeu José Ávila

PS Açores - 9 de abril, 2015
“A redução das quotas de pesca do Goraz (onde se inclui o Peixão) imposta pela União Europeia no âmbito das suas competências foi drástica, sobretudo a que está prevista para 2016. Ilhas como a Graciosa, as Flores ou o Corvo, onde as comunidades piscatórias são muito dependentes da pesca desta espécie, poderão sentir grandes dificuldades em 2016. É por isso que a União Europeia deve ter atenção especial aos pescadores dos Açores”, alertou José Ávila. O deputado socialista falava esta quarta-feira, na reunião da subcomissão de Economia com uma delegação da Comissão de Pescas do Parlamento Europeu, na cidade da Horta. José Ávila destacou que “na sua grande maioria, a frota pesqueira Açoriana utiliza como artes de pesca, as linhas de mão, o palangre, redes de emalhar costeira e cerco, enquanto a frota costeira, além do palangre, utiliza a técnica de salto e vara”, técnicas “artesanais e sustentáveis, baseadas em linhas e anzóis”. O socialista frisou que “estão proibidas as artes de arrasto e redes de emalhar de profundidade” e que a “preservação dos recursos marinhos tem merecido a melhor atenção das autoridades locais”, em “conjugação de esforços com a Universidade dos Açores, que tem acompanhado a par e passo a evolução dos stoks existentes”. José Ávila salientou ainda que foi criada na Região uma “reserva especial e temporária no banco de pesca Condor” que “está a ser acompanhada cientificamente”. Para o parlamentar socialista, “nada justifica esta diminuição contundente nas quotas do Goraz, que poderá pôr em causa a sobrevivência de pequenas comunidades piscatórias dos Açores”.  Para José Ávila, o “POSEI-Pescas reveste-se de especial relevância para apoio às pescas Açorianas, uma vez que vem apoiar os custos suplementares da atividade da pesca nas Regiões Ultraperiféricas”. “São notórios os investimentos que os Governos dos Açores de responsabilidade Socialista têm feito ao longo dos anos, em portos e núcleos de pesca, nas casas de aprestos, nas lotas, nas oficinas de reparação naval, no aumento da capacidade de frio, em gruas, guinchos e pórticos de varagem, até na renovação da frota pesqueira. O desafio coloca-se agora em valorizar o pescado na primeira venda e no âmbito das exportações, que ainda este ano deverão conhecer um maior escoamento de pescado dos Açores, através da utilização de um avião cargueiro”, destacou José Ávila.