Na sequência da notícia de 26 de maio, referente à redução do passivo da Câmara Municipal da Ribeira Grande em 17 milhões de euros, e cumprindo um dever de transparência e de honestidade para com os ribeiragrandenses - dever esse que não é cumprido pelo executivo camarário - o PS do concelho da Ribeira Grande vem por este meio esclarecer o seguinte:
1. A propagandeada redução do passivo camarário diz respeito à alienação da participação da empresa municipal “Ribeira Grande +” na SDRG – Sociedade de Desenvolvimento de Habitação Social da Ribeira Grande, S.A. Para além de uma operação de engenharia financeira, estamos perante uma operação de engenharia de propaganda, já que a “solução” que o executivo camarário do PSD encontrou para a SDRG – Sociedade de Desenvolvimento de Habitação Social da Ribeira Grande, S.A. (que é detentora de 152 casas, onde vivem famílias ribeiragrandenses) foi fazer uma venda da qual não resultou qualquer receita para a Câmara da Ribeira Grande, a uma empresa privada, obrigando a Câmara Municipal a pagar essa dívida, transformada em rendas, junto da empresa, através de um contrato por 18 anos, num valor de cerca de 1.050.000€ por ano.
2. Importa ainda referir que o executivo camarário e os membros da Assembleia Municipal do PSD aprovaram, com o voto contra do PS, a atualização anual de 4% do valor das rendas a pagar, o que implica, nos 18 anos do contrato, um acréscimo de 8,5 milhões de euros. Em suma, a Câmara da Ribeira Grande não se livrou da divida, apenas diferiu o seu pagamento em 18 anos, com o custo acrescido de 8,5 milhões de euros!
3. Importa, assim, esclarecer que não houve, de facto, qualquer milagre de redução de dívida na Câmara Municipal da Ribeira Grande.
O PS do concelho da Ribeira Grande continuará atento e cumprirá com o compromisso assumido para com os ribeiragrandenses, fiscalizando a atividade do executivo camarário e denunciando as manobras de puro contorcionismo da realidade levadas a cabo pelo Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande. A Ribeira Grande e os seus habitantes merecem mais honestidade e transparência dos factos do que o praticado pelo Presidente da Câmara e o seu executivo.