O cabeça de lista às legislativas do dia 4 de outubro, Carlos César, defendeu esta segunda-feira a necessidade do Governo da República apoiar a Região em investimentos reprodutivos destinados a áreas fundamentais para economia. Carlos César visitou as Portas do Mar, em Ponta Delgada, que no seu entender é um “bom exemplo de um investimento reprodutivo que contou com o apoio do Governo da República” e que tem contribuído “positivamente naquilo que é o desenvolvimento em áreas fundamentais para o futuro dos Açores: o turismo, por um lado, e a economia do mar, por outro”. O candidato recordou, a este propósito, que desde a inauguração daquele empreendimento, nos últimos sete anos o turismo de cruzeiros disparou tendo desembarcado em São Miguel cerca de 600 mil pessoas. Em declarações à comunicação social, César defendeu que “são necessárias medidas que reflitam a solidariedade do Governo da República ajudando, por exemplo, em questões que envolvem a produção do leite e a sua comercialização, que envolvem a utilização do porto da Praia da Vitória no âmbito da economia do mar e medidas em concreto que estimulem o turismo nos Açores, e que são da responsabilidade do Governo da República, como aquelas que resultarão do nosso programa de governo como a descida de 18 para 9% da taxa da restauração do IVA e que terá uma grande influência nos Açores”, explicou. O candidato do PS/Açores sublinhou ainda que devem ser devolvidos aos Açores “o conhecimento, a participação, a cogestão e os benefícios” do mar Açoriano. “O que infelizmente está a acontecer é que nas costas dos Açores, e muitas vezes contra os Açores, fazem-se negócios e tomam-se medidas que nos privam de benefícios que nós temos de ter da nossa economia marítima”, afirmou. Para Carlos César, os “Açores estão afastados do conhecimento e da gestão partilhada, conforme a lei determina, dos assuntos referentes ao mar. Tudo é feito sem que os Açores possam participar e possam conhecer por inteiro aquilo que está a ser feito em relação ao mar dos Açores”, criticou. “As medidas que são tomadas, como por exemplo a legislação no domínio da gestão da proteção de áreas marinhas, foram feitas de forma inconstitucional e de forma atentatória dos direitos adquiridos há muito tempo pela Região. É importante retificar esta realidade. O mar dos Açores é mar português, mas por isso é mar de todos nós, incluindo e principalmente dos Açorianos”, concluiu Carlos César.