O cabeça de lista do PS/Açores às próximas eleições legislativas considerou esta terça-feira que as verbas atribuídas pela União Europeia para apoiar os produtores de leite são a prova da incapacidade do Governo da República, da responsabilidade da coligação formada pelo PSD e CDS/PP, de defender os interesses nacionais em Bruxelas.
Carlos César dedicou o dia ao concelho da Lagoa, onde reuniu com um conjunto de instituições, onde se mostrou crítico em relação as verbas que serão atribuídas a Portugal pela União Europeia.
“Trata-se de uma verba ridícula que ilustra bem a incapacidade do atual Governo da coligação em defender os interesses nacionais em Bruxelas, designadamente o setor primário como é o caso da produção leiteira”, afirmou o cabeça de lista socialista.
Carlos César defendeu ainda, numa declaração à Comunicação Social, a necessidade de haver uma “maior articulação entre o Serviço Regional e o Serviço Nacional de Saúde” de forma a não penalizar os doentes que têm de recorrer aos serviços no Continente.
“Esse é um primeiro compromisso que o PS/Açores assume nesta eleição legislativa: repor a condição de cidadãos portugueses aos doentes açorianos deslocados no continente”, assegurou o candidato
Por outro lado, o candidato elogiou a “normalidade” com que se iniciou o ano letivo na Região, acrescentando que no contexto da educação o Governo da República tem de ser chamado a assumir as suas responsabilidades, nomeadamente em relação à Universidade dos Açores.
“A situação em que o Governo da República da coligação e o Ministério tem deixado as universidades em geral, e a dos Açores em particular, é uma situação de grande défice e que prejudica claramente o funcionamento dessa instituição”, destacou o candidato do PS/Açores.
O cabeça de lista sublinhou também a necessidade da República complementar o esforço que tem sido feito por parte do Governo dos Açores no sentido de conseguir uma “simplificação de procedimentos e uma agilização burocrática” que facilitem a vida das empresas e as tornem mais eficientes.
“Recordo que é fundamental que o Estado através da sua diplomacia, através da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, possa, por um lado, conseguir que mais investimento estrangeiro venha para os Açores, e por outro, que sejam detetados mercados para exportação de produtos que sejam essenciais para a economia industrial e produtiva da nossa Região”, finalizou Carlos César.