O cabeça de lista do PS/Açores às eleições legislativas do próximo domingo garantiu esta quarta-feira que o Partido Socialista terá como “desígnio” a constituição do Ministério da Cultura, invertendo uma tendência de falta de apoios levada a cabo pela coligação do PSD e CDS/PP.
Carlos César falava no Centro de Artes Contemporâneas “Arquipélago”, na Ribeira Grande, onde reuniu com dezenas de agentes culturais açorianos.
“Se há setores que foram altamente penalizados são setores como a educação, a formação, o conhecimento, a ciência, a inovação e a cultura. Nunca houve um orçamento, em função do PIB, tão baixo para a cultura como aconteceu com este governo do PSD e do PP. É preciso não só recuperar a dignidade orçamental da cultura na governação como também a sua dignidade institucional desde logo com a criação do Ministério da Cultura”, assegurou o candidato socialista.
Segundo Carlos César, este Ministério terá também “a responsabilidade de colaborar com todas as instituições culturais açorianas, e com todos os criadores de forma a que os agentes culturais açorianos se sintam não só criadores na sua Região mas também como criadores no seu país e como parte do mundo e da criação cultural”.
“Fazer cultura nos Açores não pode ser uma atividade sitiada. Tem de ser uma atividade para além das nossas ilhas, uma atividade universalizada e isso implica uma cooperação a nível global”, explicou o cabeça de lista Açoriano.
Carlos César afirmou ainda que o problema da cultura “não foi abordada praticamente por nenhum outro partido político, inclusive por aqueles que costumam reservar para si exclusivos desta matéria, designadamente à esquerda como o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista”. Neste sentido, o socialista lembrou que “um voto nestes partidos é um voto útil para a direita. Cada vez que votarem ou na Catarina ou no Jerónimo é o Pedro ou o Paulo que dão uma gargalhada e ficam satisfeitos”.
“O Partido Socialista tem um programa na área da cultura muito detalhado, que teve a colaboração de personalidades que vão desde Eduardo Lourenço, Maria do Céu Guerra, Rui Vieira Nery, a gente do cinema, do teatro e da música. Isto significa também uma garantia daquilo que constitui a nossa aposta e também uma garantia de credibilidade daquilo que hoje o Partido Socialista representa em Portugal na área da cultura”, concluiu Carlos César.